Depressão pós-Carnaval é natural e passageira | Boqnews
Foto: Pixabay carnaval

Saúde mental

07 DE MARÇO DE 2019

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Depressão pós-Carnaval é natural e passageira

Psicóloga explica diferenças entre tristeza e depressão real

Por: Da Redação

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O Carnaval é aquela época do ano em que não falta música, diversão e descontração por onde quer que se vá. Blocos e desfiles animam o povo, que aproveita pra extravasar a energia acumulada o ano inteiro. 

Mas e quando a folia acaba? Bate um sentimento de infelicidade e falta coragem para voltar à rotina. Muitos já até deram nome ao problema: depressão pós- Carnaval.

De acordo com a psicóloga e coach Maíra Mendes, da clínica Onmental Espaço Terapêutico, a ocasião funciona como uma válvula de escape para fugir da realidade.

“A pessoa se entrega à festa e dias depois precisa encarar a realidade. Fica uma sensação de vazio, uma melancolia, o que é normal depois de tantos excessos”, explica.

Desânimo e depressão

Maíra aconselha aos foliões mais tristes com a despedida do Carnaval que avaliem quais as razões de se sentirem tão mal.

“O sentimento de tristeza é normal e faz parte da vida, afinal sempre podem existir problemas ou situações que nos deixam abatidos no nosso cotidiano. Não dá para ser feliz o tempo inteiro”.

A psicóloga ressalta que depressão e tristeza não são a mesma coisa.

Geralmente a tristeza é passageira, tendo um período curto de duração, e não requer tratamento.

Já a depressão é um transtorno que afeta o humor. Dessa forma, a pessoa tem a sensação persistente de tristeza não importa a ocasião. Ela ultrapassa o período de duas semanas, e é acompanhada de uma variedade de sintomas físicos e comportamentais.

De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 2015, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina. Sendo que, 5,8% da população, ou seja, 11,5 milhões de brasileiros, sofrem da doença.

No ranking mundial, entretanto, o Brasil ocupa o terceiro lugar. A lista é encabeçada pela Ucrânia (6,3%) e seguida por Austrália e Estônia na segunda posição, ambas com 5,9%. Na Alemanha, a depressão atingiu 5,2% da população em 2015.

Sintomas

Perda de energia, falta de vontade para realizar atividades que davam prazer e cansaço constante podem ser indícios da doença.

Além disso, pode ocorrer alterações no apetite, o que causa aumento ou perda de peso, e dificuldade em dormir, porque ocorre diminuição da serotonina, que é o hormônio do prazer e do bem-estar.

Irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, lentidão no pensamento e na fala, dores de cabeça, coluna e estômago também sintomas muito relatados por quem sofre de depressão. 

O ideal, em casos assim, é buscar a ajuda médica e psicológica. Clínicas oferecem equipes multidisciplinares formadas por profissionais especializados em psiquiatria, fisioterapia, psicologia. Bem como outras áreas que cuidam do corpo e da mente com uma visão holística, ou seja, como um todo. 

No entanto, a resistência em procurar ajuda em saúde mental existe e está arraigada na sociedade.

Ela pode ser explicada, em parte, pelo preconceito contra as pessoas que têm transtornos. A psicofobia carrega uma herança de séculos de discriminação contra os doentes mentais ao longo da história.

Porém é muito importante frisar que, cuidar da mente é sinal de lucidez e busca pelo bem-estar. “Hoje a psicoterapia, por exemplo, é desenvolvida para apoiar o ser humano em um processo de transformação e entendimento de sua própria essência. Ela serve para qualquer pessoa que deseja cuidar de si mesmo”, diz Maíra. 

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