Amarelo é a cor de julho, o mês de conscientização e combate às hepatites. Para reforçar ainda mais a importância da prevenção e dos testes que detectam a doença no início da contaminação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) celebra, nesta quinta-feira (28), o Dia Mundial da Hepatite.
As hepatites que mais preocupam a OMS são as virais, que podem ser contraídas por meio da má higiene de alimentos, falta de saneamento, contato por fluídos corporais e sangue. De acordo com Jeová Pessin Fragoso, diretor do Grupo Esperança, as do tipo A, B e C são as mais frequentes.
“A hepatite A é preocupante, principalmente em crianças. No caso dos adultos, o próprio organismo consegue combater. Este tipo está relacionado às condições sanitárias do meio onde o indivíduo vive”, explica Jeová. No entanto, desde 1995, estão disponíveis vacinas contra esta hepatite.
Já as dos tipos B e C são contraídas pelo sangue, sendo que a B também pode ser transmitida por fluídos corporais, principalmente em relações sexuais, e também pode passar de mãe para o filho durante a gestação. “A principal diferença entre elas é que a hepatite B pode ser evitada por meio de vacina. Para tomá-la é só comparecer em algum posto de saúde”, explica o diretor do Grupo Esperança.
“Já a C não tem vacina, por isso que em sua maioria a doença agrava para uma cirrose hepática ou então câncer no fígado”, salienta.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 3 milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o vírus. Isto acontece porque a doença não demonstra sintomas nos primeiros anos de contaminação, podendo levar de 10 a 15 anos para aparecimento dos sinais da doença. Atualmente, esta é a principal causa de transplante de fígado.
“Às vezes, só porque a pessoa não é da área da saúde ou então não precisou de transfusão de sangue, ela pensa que não será contaminada. Mas ninguém está imune!”, enfatiza.
De acordo com Jeová, o vírus da hepatite C pode sobreviver 72 horas no meio ambiente, por isso alguns cuidados básicos no dia a dia podem evitar o contágio, como levar o kit de manicure (alicates, palitos, entre outros acessórios necessários) e também questionar e avaliar as condições higiênicas de centros de tatuagem.