A água no chão, o teto sem forro e os fios expostos denunciam as más condições que pacientes e profissionais de Saúde do Morro São Bento estão convivendo.
Apesar dos problemas terem sido relatados há meses e sem solução definitiva, na manhã desta segunda (11) os servidores resolveram cruzar os braços das 7 às 9 horas para alertar à população sobre os riscos do imóvel.
A medida que os pacientes chegavam para ser atendidos, os funcionários explicavam o motivo da paralisação.
O Sindserv- Sindicato dos Servidores esteve no ato pacífico para registrar as condições precárias do imóvel.
Pelas fotos, é possível avaliar os danos provocados pelo vazamento dos aparelhos de ar condicionado.
A água atingiu o forro de gesso e, consequentemente, provocando danos em pelo menos três salas, todas agora interditadas.
“Tanto os funcionários como membros do conselho local de saúde já vinham fazendo o alerta há tempos, mas só agora a Prefeitura resolveu tomar uma posição”, explica o diretor de comunicação do sindicato, Alexandre Manetti.
A preocupação era que algo pudesse ocorrer tanto para funcionários como pacientes.
O exemplo foi a queda de pedaços de gesso – algo semelhante ao que ocorrera no PS da Zona Noroeste há alguns meses.
Nas imagens é possível identificar os problemas em uma sala ginecológica e pediátrica.
No local, fios expostos em razão do teto afetado pela infiltração, além das paredes mofadas, são visíveis.
Ofício
Na sexta (8), um e-mail interno emitido no final da tarde pelo Departamento de Obras Públicas (DeOP) da Prefeitura de Santos informava que não existiam riscos estruturais na sede da policlínica.
“Ficou constatado que o problema de umidade e desprendimento de trechos do forro é oriundo de infiltração de água por meio de dutos de ar condicionado”, informaram os profissionais do setor.
Eles recomendaram a interdição das salas, “por razões de habitabilidade e salubridade, pois os riscos civis já foram removidos (retirada do gesso)”.
Em nota, a Prefeitura de Santos divulgou que três salas onde houve o comprometimento do forro de gesso foram interditadas.
“Como a edificação está dentro do prazo de garantia, a construtora responsável foi notificada e deve começar os reparos necessários ainda nesta semana”.
A edificação foi entregue há pouco mais de um ano, em um investimento de quase R$ 2,5 milhões, dentro do programa Pró-Saúde.