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Saúde

12 DE MAIO DE 2017

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Toxina botulínica auxilia no tratamento da enxaqueca

Além do aspecto estético, toxica também está sendo utilizada para em pacientes que sofrem da dor constante

Por: Da Redação

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A toxina botulínica tem sido bastante utilizada em clínicas de estética com o objetivo de paralisar os músculos da testa. Mas foi desta forma, que por acaso, pacientes que estavam realizando tratamento estético, também relataram uma melhora considerável nas dores de cabeça. Então partir daí, despertou-se o interesse pela toxina botulínica como um preventivo para as dores de cabeça.

Por isso, com a ajuda da toxina botulínica, o paciente consegue experimentar a diminuição significativa da dor e da frequência das crises, bem como de todo o quadro sintomático associado.

Antes do tratamento com a toxina, as crises geralmente ocorrem várias vezes por semana, e podem envolver uma série de sintomas, que surgem de forma isolada ou combinada, variando de acordo com o quadro clínico de cada paciente.

Entre os principais sintomas da enxaqueca estão os seguintes:

• Dor intensa em um ou ambos os lados da cabeça;
• Dor intensa em um ou ambos os olhos;
• Mal-estar geral, com ou sem vômitos;
• Dormências e formigamentos;
• Sensação de tontura (vertigem);
• Alterações no campo visual antes ou durante a crise, como visão dupla (diplopia) ou, até mesmo, perda parcial da visão;
• Aversão à luz (fotofobia);
• Intolerância ao barulho;
• Perda de coordenação;
• Dificuldades na fala;

De acordo com a cirurgiã plástica, Lory Silveira, depois do tratamento com toxina botulínica, muitos desses sintomas tendem a baixar para níveis insignificantes ou, até mesmo, desaparecer. Quando administrada diretamente em alguns músculos específicos da cabeça e da nuca, a toxina botulínica reduz a liberação de neurotransmissores responsáveis pelos mecanismos de dor. Com isso, há um “bloqueio” dos impulsos nervosos que causam a sensação de dor e um “relaxamento” da região onde a dor se instala, acrescenta Lory.

A administração da toxina botulínica é feita em nível muscular, sendo que o protocolo de aplicação da substância para o controle da enxaqueca prevê a possibilidade de sua aplicação em cerca de 30 pontos, distribuídos em músculos das regiões frontal, temporoparietal, occipital e do pescoço. O planejamento das aplicações é feito pelo neurologista, a partir do conhecimento do quadro clínico específico do paciente.

Segundo Dra. Lory, quando o tratamento é bem feito e bem orientado, os estudos apontam para um efeito médio de duração que vai de quatro a seis meses. Porém, há relatos de pacientes que chegam a ficar de oito a 12 meses livres de crises após a realização do tratamento.

O tratamento feito com toxina botulínica age no caráter crônico da dor enxaquecosa, ou seja, após fazer o tratamento com a substância, a pessoa não sofrerá mais de dores com tanta frequência e nem com tanta intensidade. Com isso, obviamente, a necessidade de uso de analgésicos tende a diminuir.

É importante o paciente compreender que a enxaqueca é uma doença para a qual não há cura, sendo que esse quadro impacta diretamente a qualidade de vida do paciente, mas também é diretamente impactado pelo estilo de vida que a pessoa leva.

O tratamento com a toxina botulínica, ao eliminar o caráter crônico da dor, devolve de imediato a possibilidade do paciente alcançar uma expressiva melhora na sua qualidade de vida. Mas o estilo de vida que a pessoa irá adotar a partir daí, gerindo fatores importantes que agem como gatilhos da dor (como sedentarismo, alimentação, nível de estresse, tabagismo, etc.) é que vai fazer toda a diferença para continuar mantendo o quadro sob controle.

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