A segurança pública na Baixada Santista, nos últimos tempos, tem passado por situações que merecem muita atenção que exigem atitudes que não podem ficar limitadas a questões pontuais ou imediatistas. O fato mais recente, o assassinato de um jovem que estava dentro de um veículo na Rodovia dos Imigrantes mereceu muita atenção.
Ele foi vitimado pelo arremesso de uma pedra por parte de assaltantes, algo inusitado. É que eles levaram em conta as dificuldades que estavam enfrentando em razão de estarem isolados por um muro recém-construído no local, com a finalidade de impedir exatamente a ação de criminosos. E que mostrou não ser suficiente, pois não teve a complementação de outras medidas.
Mas o que preocupa são duas situações, a primeira, por certo, que os acontecimentos, e não são poucos, tendem a cair no esquecimento, como se fossem rotineiros e inevitáveis. E a seguir vem a questão maior, a falta de mobilização necessária para enfrentar o problema. Como se sabe, as medidas que são tomadas em relação à segurança da nossa Região Metropolitana levam em consideração as temporadas de verão ou fins de semanas prolongados, quando são deslocados grupamentos de policiais militares, trazidos das mais diferentes localidades do Estado.
Encerrado o período, eles retornam às suas bases e a região, como um todo, fica com efetivos que já se mostraram insuficientes, agravados pelas dificuldades também da área civil. Cabe então uma avaliação, ou seja, por que não aproveitar o momento de emoção e que autoridades programem uma Reunião de Planejamento, reunindo representantes dos nove Executivos Metropolitanos, em conjunto com os representantes dos vereadores, dos deputados estaduais e federais, do sistema empresarial de todos os setores e das universidades, de agrupamentos sociais dos trabalhadores e estudantis, para elaborarem com especialistas da área um Projeto de Segurança Pública Regional.
E por certo, sem deixar de lado uma questão da maior importância, o investimento na área social, de modo a dotar as localidades carentes de programas culturais, de lazer, de esporte, de educação, de saúde, de transporte e de habitação. Está mais do que provado que as ações de momento, as reclamações e mesmo alguns pronunciamentos de autoridades não são suficientes para resolver os problemas. As comunidades precisam agir em conjunto, assim por certo, as soluções serão alcançadas. Não adianta ficar esperando que elas aconteçam.
Uriel Villas Boas
Representante Regional da Fitmetal/CTB- Fórum Cresce Baixada – Fórum da Cidadania