A história do sindicalismo brasileiro teve inicio praticamente nos idos de 1880, quando os anarquistas vindos da Europa começaram a exercer as atividades políticas à partir de muitas atividades em empresas dos mais variados ramos que estavam em desenvolvimento em várias regiões brasileiras.
E Santos teve muito destaque, principalmente na área portuária, entrando para a história como a primeira cidade brasileira a comemorar o Primeiro de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, no ano de 1896.
E vieram a seguir muitas lutas operárias, sem a definição de uma estrutura sindical nos moldes atuais.
Os ferroviários, por exemplo,conseguiram na década de 1920 o reconhecimento de um sistema previdenciário, motivando outras categorias a buscarem uma cobertura para garantir direitos após longos anos de trabalho. E o então ditador Getúlio Vargas percebeu os riscos e um potencial político com as organizações trabalhistas e em 1943 criou a Consolidação das Leis do Trabalho, definindo inclusive a estrutura sindical.
E formalizou também a legislação previdenciária, no denominado Instituto Nacional de Previdência Social. Em relação ao sindicalismo, muitas conquistas se deram pela luta de categorias organizadas, como o 13º salário, as férias de 30 dias, a jornada de 44 horas semanais e outras vantagens.
Contribuição Sindical
O tempo passou e recentemente o Presidente Michel Temer aproveitou de forma oportunista um momento de muitas dificuldades na área econômica, com um desemprego assustador e determinou mudanças radicais na denominada CLT.
Assim, um ponto que teve muita repercussão foi a eliminação da denominada Contribuição Sindical, o desconto anual de um dia no salário do empregado.
O que causou muitos problemas na estrutura sindical.
E foi muito explorado, sem levar em consideração que os Acordos Coletivos atingem toda a categoria e não apenas os filiados ao Sindicato.
Mas a questão maior, por certo, tem a ver com os problemas políticos, ou seja, a estrutura sindical em muitas áreas, não levou em conta a necessidade de representação por local de trabalho.
E deve ser levada em consideração também o desenvolvimento tecnológico, com a eliminação de muitas vagas no mercado.
Momento preocupante
O momento é muito preocupante, levando em consideração as manifestações de membros do Governo recém empossado.
Um ponto é certo, o movimento sindical de trabalhadores precisa definir posicionamentos, de forma a mostrar uma disposição de manter conquistas e mais, para evitar mais perdas.
O momento exige o debate transparente sem levar em conta disputa partidária.
E que sejam envolvidos também os aposentados, que podem contribuir com a experiência de lutas quando estavam na ativa.
Por certo esta questão será levada em consideração na Baixada Santista, com o encontro de lideranças comprometidas com as lutas de suas categorias.
Uriel Villas Boas- Secretário de Previdência da Fitmetal/CTB- Coordenação do Movimento de Aposentados e Pensionistas da Baixada Santista/MAP.LP