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Foto: Divulgação segundo turno

Opinião

22 DE OUTUBRO DE 2018

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Prezado Cidadão, Prezada Cidadã

A análise eleitoral na visão do ex-secretário de Esportes, Célio Nori.

Por: Da Redação

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Estamos a poucos dias da eleição do segundo turno, quando cada um de nós vai definir as perspectivas de futuro para o Brasil. Peço-lhe a gentileza e a paciência de ler esta mensagem ate o seu final. .

Meu nome é Celio Nori.

Você provavelmente me conhece em razão das funções que exerci na cidade de Santos. Por mais de 20 anos atuei como Coordenador de Cultura e Esportes do SESC.

Fui Secretário de Esportes do Município; Professor Universitário da UNIMES e UNISANTA e atualmente estou vinculado ao Fórum da Cidadania de Santos.

A mensagem que ora lhe envio é de natureza política e reflete apenas e tão somente meu entendimento do atual momento político, como cidadão que sou, sem nenhum vínculo ou relação com as Entidades nas quais trabalhei.

Desde logo, ressalto também que não sou e nunca fui filiado ao PT – Partido dos Trabalhadores.

Por muitos anos fui filiado ao PSB – Partido Socialista Brasileiro e atualmente sou filiado à Rede Sustentabilidade.

Feitas essas ressalvas, entendo que no primeiro turno cabe ao eleitor fazer uma escolha, aquela que lhe parece a melhor dentre os diversos candidatos.

No segundo turno cabe ao eleitor fazer uma opção entre os dois candidatos que passaram para essa nova disputa eleitoral.

Assim, de forma coerente com a minha filiação partidária e convicções pessoais, votei em Marina Silva no primeiro turno.

Agora, no segundo turno, quero compartilhar com você algumas reflexões que me levam a optar por Fernando Haddad; não porque ele seja o candidato vinculado ao PT, mas porque ele representa a opção de uma ampla Frente de Partidos, Movimentos Sociais, Entidades Ambientalistas e múltiplas Associações da Sociedade Civil e principalmente milhões de Cidadãos e Cidadãs que almejam a continuidade e o aperfeiçoamento da Democracia diante das ameaças fascistas e do retorno do autoritarismo que estão embutidos na opção Bolsonaro.

Entendo que Haddad é a opção que temos agora para preservar a civilização contra a barbárie; a liberdade contra a opressão; a garantia de direitos fundamentais de cidadania contra a violência e o arbítrio.

Entendo que não se faz política pregando o ódio.

Não se faz política apregoando preconceitos e ofensas contra mulheres, pobres, trabalhadores, homossexuais, negros, indígenas e outros importantes segmentos da sociedade.

O caráter violento e discriminador de Bolsonaro foi sendo revelado e denunciado por suas próprias manifestações em repetidas ocasiões.

Não se trata de denúncias feitas por terceiros, mas sim afirmações relevadas por ele mesmo, registradas em entrevistas e vídeos durante seus sete longos e improdutivos mandatos como Deputado Federal e agora como candidato à Presidência da República.

 

segundo turno

Bolsonaro e Haddad disputam o segundo turno na eleição neste domingo (28). Foto: Divulgação

Exemplos

Exemplos disso não faltam.

Basta rever alguns de seus posicionamentos sobre diferentes questões, a seguir relacionadas.

– Ao manifestar-se clara e diretamente pela defesa da tortura, dizendo que o erro da ditadura não foi apenas torturar, mas, sim, não matar seus opositores; ao declarar que seus filhos, a partir dos cinco anos já se dedicavam ao aprendizado do uso de armas; ao defender a liberação geral do uso das armas pela população; ao apresentar como símbolos de sua campanha o braço apontando uma arma e um tripé de filmagem como se fosse um fuzil.

– Ao ofender covardemente uma de suas colegas de Parlamento, afirmando que não a estuprava porque nem isso ela merecia por considerá-la feia; ao comparar membros de uma comunidade quilombola a animais.

– Ao preferir que seu filho nascesse morto caso viesse mais tarde a ser homossexual; ao afirmar que seus filhos nunca se casariam com uma mulher negra porque tinham boa formação.

– Ao considerar absurda a Bolsa Família e agora, de forma demagógica, dizer que vai aumentar o seu valor caso seja eleito; ao afirmar que os trabalhadores devem escolher entre emprego e direitos trabalhistas; ao dizer que o Estado não tem a responsabilidade de prover creches para as crianças que delas necessitam.

O espaço não me permite continuar detalhando as declarações absurdas e de cunho fascista de Bolsonaro.

Permite, sim, que cada um de nós reflita em profundidade, porque essas são as propostas de Bolsonaro para governar.

E ninguém poderá depois dizer que foi enganado, pois tudo isso, repito, foi dito por ele mesmo e está fartamente documentado pelos meios de comunicação.

Outro aspecto importante a ser avaliado.

Bolsonaro, em sua campanha apresenta-se como um salvador da pátria, uma espécie de Rambo, que vai resolver todos os problemas do Brasil de imediato e na base da porrada.

É bom não esquecer que o último salvador da pátria, que assim se apresentou como candidato a Presidente da República, foi Collor em 1989 cujo primeiro ato após ter sido eleito foi confiscar a poupança de milhões de brasileiros.

Por último, cabe destacar a campanha insidiosa das chamadas fake news, disparadas à exaustão por dezenas de milhões de vezes contra o candidato Haddad nas redes sociais.

Essa campanha, financiada ilegalmente por poderosos complexos empresariais, foi operada por empresas especializadas em tecnologia digital que produziram enxurradas de mensagens anônimas, sempre muito bem elaboradas do ponto de vista técnico, inclusive com a utilização de robôs de última geração, contando sempre com fotos, vídeos e ilustrações retransmitidas por milhares de inocentes úteis e também por muitas pessoas não tão inocentes.

Tal procedimento ilegal, que fere diretamente a legislação eleitoral e se apresenta de forma antiética e covarde, foi denunciado no decorrer dessa semana por corajosa reportagem do jornal Folha de S. Paulo, tornando-se já alvo de investigações da Política Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral, que poderão ensejar drásticas proporções em termos de questionamentos sobre à lisura do atual processo eleitoral.

Diante dessa possibilidade, segundo as últimas informações do site da UOL, postadas na tarde deste domingo, dia 21 e veiculadas pelo programa Fantástico da Rede Globo, Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, chegou ao extremo de fazer ameaças de fechar o STF, bastando apenas apenas a designação de um cabo e um soldado para cumprir essa missão, na hipótese da candidatura de seu pai vir a ser impugnada.

Por fim, cabe denunciar a atitude covarde e hipócrita de Bolsonaro, ao se recusar a participar dos debates programadas pelas emissoras de TV, oportunidades em que o eleitor teria a possibilidade de cotejar as propostas e perfis dos dois candidatos, cara a cara, ao vivo e sem os recursos e truques do whatsapp e fake news, para assim melhor definir o seu voto.

Considere tudo isso.

Vote com consciência, guiado pela razão.

Não vote com o fígado.

O que está em jogo, neste momento, é o futuro da Nação e não o julgamento e condenação do PT, que já vem naturalmente sofrendo as consequências de seus erros, com a substancial diminuição de suas bancadas nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional.

Ao concluir essa mensagem, dirijo-me especialmente àqueles que cultivam os valores democráticos e rejeitam a violência, o autoritarismo e todo tipo de preconceito; àqueles que acreditam no diálogo e na Cultura de Paz para enfrentar e superar conflitos; àqueles que almejam a conquista de justiça social, desenvolvimento sustentável e oportunidades para todos,

Só temos, neste momento, um único caminho e uma única opção no próximo dia 28 de outubro – O Voto em HADDAD.

Atenciosamente

 

Celio Nori

 

 

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