A demissão de pelo menos 270 funcionários por parte da Libra no início da semana é um sintoma de que algo grave está ocorrendo, de forma silenciosa, no Porto de Santos. E tende a piorar se nada for feito.
Vários fatores podem ser creditados para o aumento do desemprego na área. Os terminais de movimentação de contêineres são os mais afetados em razão da crise mundial e também pelas joint ventures formadas por armadores que passaram a compartilhar cargas na mesma embarcação para reduzir custos. Em termos proporcionais, a queda de movimentação neste tipo de carga até setembro em relação ao ano passado já chega a 4,5%.
Não bastasse, a existência de duas legislações distintas federais em relação aos terminais públicos, como a Libra Terminais, Santos Brasil, Rodrimar e Ecoporto, e privados, como a Embraport e BTP, contribuem para a migração de cargas dentro do cais santista.
Não é à toa que estas últimas já correspondem a 55,5% de toda a movimentação de contêineres no porto de Santos. Ao longo de 2015, ambas as empresas correspondiam a 47,4%.
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