Após o incêndio que destriuiu pelo menos 200 moradias no beco 1 do Caminho São José e o início do Caminho São Sebastião, no Rádio Clube, a prioridade é atender as 318 famílias atingidas que perderam tudo neste que é considerado o maior incêndio em palafitas na Cidade. O fogo teve início na noite de segunda-feira.
Doações
As famílias necessitam de alimentos, itens de higiene pessoal (pasta, escova dental, shampoo e absorventes), fraldas infantis e de adulto, toalhas, roupas de cama e colchões, roupas e sapatos, inclusive infantis, água potável e leite. Quem tem material para doar, mas não pode se deslocar a um desses quatro pontos, ainda pode colaborar telefonando para 3222-8050: o FSS irá ao local recolher os donativos.
As doações podem ser feitas na sede do Fundo de Solidariedade, na Avenida Conselheiro Nébias, 388, das 8h às 18h. Dois postos de arrecadações também foram montados no Aquário e no Orquidário.
Habitação
A listagem das famílias cadastradas será encaminhada à Cohab Santista e o departamento social fará o atendimento individual das vítimas do incêndio por meio de entrevista, apresentação de documentos e comprovantes.
Além disso, os dados serão verificados no cadastro da Cohab e cruzados com as informações das secretarias de Assistência Social, Saúde (SMS) e Educação (Seduc), além da Defesa Civil. O atendimento será no CECAPP (Avenida Hugo Maia, 293, Rádio Clube), em dias e horários a serem definidos e divulgados no Diário Oficial.
Como tudo aconteceu
O incêndio começou às 21h de segunda-feira (2) e terminou às 8h20 desta terça. As chamas foram propagadas rapidamente em razão da ventania, e por outro lado, a chuva que caiu na sequência auxiliou no combate ao fogo.
Houve apoio de moradores da própria comunidade atingida pelo incêndio e de São Vicente, que vivem do outro lado do rio. Eles ajudaram o Corpo de Bombeiros a carregar as pesadas mangueiras com água pelos becos, bastante estreitos e repletos de moradias feitas de madeira, incluindo fiação da rede elétrica exposta. Segundo a Defesa Civil, ainda não é possível dizer qual a causa do incidente.
Foram mobilizadas 27 viaturas entre o Corpo de Bombeiros de Santos e da região, carros da Defesa Civil, da CET, da Guarda Municipal e carro pipa da Sabespl, além dos veículos da Terracon e da Guarda portuária. Da rede BEM participaram também Secretarias de Educação, Comunicação, Serviços Públicos e Segurança.
Após o trabalho de amparo e cadastramento das famílias na escola municipal Pedro Crescenti (na noite do incêndio), realizado pela Secretaria de Assistência Social (Seas), as pessoas se dirigiram na terça-feira (3) ao Cras Rádio Clube (Avenida Brigadeiro Faria Lima, 677), para retirar senha e buscar as doações no Cecon São José (Rua Tenente Durval do Amaral, 366) – dois equipamentos da Prefeitura localizados próximos ao local do incidente.
De acordo com a Seas, a maior parte dos desalojados permanece na casa de familiares. Segundo a secretária da pasta, Rosana Russo, as famílias que desejarem deixar a casa de parentes podem procurar o serviço do Cras Rádio Clube para solicitar acolhimento. “Ninguém ficará desabrigado”, garantiu.
Até agora, 16 pessoas foram alojadas na Seção Abrigo para Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua (Seabrigo AIF) – à Rua Manoel Tourinho, 352, mais um homem na Seção Acolhimento para Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua (SeAcolhe-AIF) – à Rua Bittencourt, 309/311 e uma mulher na Casa das Anas (Rua Paraná, 219, Vila Mathias). Caso seja necessário, conforme o aumento da procura, um abrigo de emergência será aberto para acomodar as famílias.
