Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta (27) sobre o total de empregos abertos e fechados até novembro mostram que o ritmo de desemprego na Baixada Santista diminuiu em relação ao ano passado, mas ainda permanece elevado.
Até novembro, segundo dados do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, a Baixada Santista perdeu 7.769 empregos nos 11 primeiros meses do ano.
A quantia equivale a uma média diária de 23.2 demitidos/dia no período.
Ou, um novo desempregado a cada hora na região.
No meio desta notícia negativa é possível, porém, encontrar um dado positivo: ao que tudo indica, o pior já passou.
Em 2016, a Baixada perdeu 19.520 postos de trabalho com carteira assinada.
Só Cubatão representou 1/3 deste montante.
Portanto, se a média diária de pessoas que foram demitidas no ano passado chegou a 53,4/dia, agora caiu para 23,2/dia – ou seja, uma redução de 60% na comparação entre os anos.
No Brasil
O saldo de empregos formais no Brasil teve resultado negativo em novembro, com uma redução de 12.292 vagas, variação negativa de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram 1.111.798 admissões contra 1.124.096 demissões no mês passado.
De janeiro a novembro foram criados 299.635 novos postos de trabalho no País, o que comprova que a economia segue em processo de retomada.
No comparativo com os dois anos anteriores, o saldo negativo de 12.292 postos de empregos formais em novembro é menor.
Em novembro de 2015 e em novembro de 2016 foram registrados, respectivamente, saldos de -130.629 e -116.747.
Ou seja, a exemplo dos números da Baixada Santista, tudo indica que o pior já passou.
Setores
Apesar de o saldo ter sido negativo neste mês de novembro, o Comércio (tanto o Atacadista quanto o Varejista) apresentou saldo positivo.
Foram mais de 68 mil novas vagas criadas.
O motivo: o período de festas, que é responsável pelo aquecimento das vendas.
Ao todo, foram 342.198 admissões e 273.596 desligamentos.
Os dois principais setores que geraram o saldo negativo de novembro foram a Indústria da Transformação e a Construção Civil.
Isso explica os saldos negativos em praticamente todas as cidades da Baixada Santista, com exceção de Peruíbe.
Praia Grande, por exemplo, que tem na construção civil um dos seu pilares econômicos, registrou um aumento de 136% no total de empregos fechados na comparação com o ano anterior.
Já Cubatão, com forte presença industrial, perdeu 1.019 postos.
A situação, porém, é bem melhor que no ano passado, quando 6.578 empregos foram extintos.
Caged – Vagas abertas/fechadas na Baixada Santista
Cidade 2016 2017 (até nov)
Bertioga 139 -219
Cubatão -6.578 – 1.019
Guarujá -1.957 – 2.380
Itanhaém -478 – 187
Mongaguá – 161 – 128
Peruíbe -270 102
Praia Grande -392 – 925
Santos – 7904 – 1945
São Vicente – 1919 – 1068
Total – 19.520 – 7.769