Procuradora Raquel Dodge pede medida judicial a diretor da PF | Boqnews
Foto da procuradora Raquel Dodge Raquel Dodge

Decreto dos Portos

26 DE FEVEREIRO DE 2018

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Procuradora Raquel Dodge pede medida judicial a diretor da PF

A procuradora-geral da República Raquel Dodge recomendou medidas judiciais ao delegado da PF, Fernando Segovia, a respeito de declarações que minimizavam eventual participação do presidente Michel Temer no Decreto dos Portos, que teria beneficiado empresa do cais santista.

Por: André Ritcher
Da Redação

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu  ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso uma medida judicial para que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, se abstenha de “qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso”.

Raquel Dodge

Dodge pediu atuação judicial contra declarações de diretor da Polícia Federal. Foto: Divulgação

A manifestação foi motivada por um pedido de parecer feito pelo ministro.

Ela ocorreu duas semanas após uma entrevista na qual Segovia disse que os “indícios são muito frágeis” e sugeriu que o inquérito “pode até concluir que não houve crime”.

Na petição enviada ao STF, Dodge afirmou que o diretor-geral não tem atribuições para conduzir investigações.

“Quaisquer manifestações a respeito de apurações em curso contrariam os princípios que norteiam a Administração Pública, em especial o da impessoalidade e da moralidade”, argumentou a procuradora.

Ela também pediu à primeira instância do Ministério Público Federal no Distrito Federal providências sobre as declarações.

A procuradora declarou que cabe ao MPF a missão constitucional de realizar o controle da atividade policial.

Na semana passada, Fernando Segovia explicou-se ao ministro Barroso.

Na ocasião, ele disse que não pretendeu “interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento” do inquérito sobre o presidente Michel Temer.

Ao ministro, Segovia ressaltou que suas declarações foram “distorcidas e mal interpretadas.

Ele disse que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso.

E também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação.

 

Decreto dos Portos

Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa Rodrimar,  são acusados pelo suposto favorecimento da empresa por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

A Rodrimar opera no Porto de Santos.

Em janeiro, a defesa do presidente Temer declarou que ele nunca foi procurado por empresários do setor portuário para tratar da edição do decreto.

Sobre o ex-deputado Rocha Loures,  Temer disse que nunca o autorizou a fazer tratativas em seu nome.

“Peço vênia para realçar a impertinência de tal questão, por colocar em dúvida a minha honorabilidade e dignidade pessoal”, escreveu.

Loures foi filmado carregando uma mala com R$ 500 mil recebida dentro de um restaurante na Capital paulista.

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