Usuários do sistema de travessia de balsas entre Santos e Guarujá (e vice-versa) precisam cada vez mais conviver com a demora para atravessar o canal do estuário.
Especialmente nos horários de pico, que vão das 6h30 às 9h30 e das 16h30 às 20 horas.
Sem contar as adversidades das condições climáticas. Hoje (23), por exemplo, a força da maré reduz a velocidade das embarcações, provocando mais filas.
Na tarde desta terça, cinco embarcações operam, com capacidade para transportar 450 veículos por hora.
A espera era de 45 minutos (até chegar ao bolsão de embarque) do lado de Santos e de 30 minutos do lado de Guarujá. (exatamente às 17h50).
São cinco balsas em operação – fato que irá se prolongar ao longo do mês de maio. E dos próximos.
Isso porque uma embarcação sempre precisa estar à disposição para vistoria pela Marinha, de forma a garantir segurança aos usuários.
A fiscalização ocorre três vezes por semana, provocando também impacto na operação da travessia
O ideal, reconhece o presidente da companhia, Milton Roberto Persoli, seriam sete embarcações e uma de reserva.
O esclarecimento foi feito durante encontro realizado no dia 10 de abril entre vereadores de Santos e a diretoria da empresa, a pedido do deputado Paulo Côrrea Jr.
Situação sofrível
Não bastasse, a atual situação das embarcações encontrada pela nova diretoria da Dersa era sofrível.
“Tivemos que comprar 30 motores novos e retificamos mais 30”, explica Mauro Szwaragun, da Divisão de Planejamento Operacional e Controle.
Ele salienta que a nova diretoria está empenhada em agilizar a travessia e, assim, diminuir as filas nas balsas.
Szwaragun acredita que a partir de meados de outubro e novembro a situação comece a ter um panorama mais favorável com a recuperação de embarcações.
“Nossa meta é que todo o parque de embarcações esteja em operação até o início da temporada da primavera/verão”, salienta.
Mas reconhece que será um desafio.
Isso porque, o alto volume de transporte de motos e bicicletas acaba afetando o transporte dos veículos.
Das cinco embarcações em operação nos próximos meses, apenas três acabam sendo destinadas ao transporte dos carros.
As outras duas transportam, nos horários de picos, apenas motos e bicicletas. Estas últimas não pagam.
No encontro realizado no último dia 10, o diretor de operações da Dersa João Luiz Lopes reconheceu que algo que precisa ser feito, pois os ciclistas embarcam junto com os carros e alguns se sentem no direito de atravessar a qualquer momento, atrapalhando o fluxo.
Uma das sugestões é que seja criado um embarque específico aos ciclistas, com tempo médio, por exemplo, de 20 em 20 minutos.
Segundo o diretor, isso resolveria parte do problema das filas constantes.
No entanto, nada está definido.
Mais câmeras
Para facilitar os usuários, a Dersa implantou no seu site mais câmeras de acesso, onde os internautas podem acompanhar novos ângulos de como está o sistema de travessias em tempo real.