Aumento significativo do passivo a descoberto, que passou de R$ 453,7 milhões para R$ 507,3 milhões em um ano, o equivalente a 254,43% da receita arrecadada, quadro de funcionários inchado (com 27 servidores efetivos e 70 comissionados) são alguns dos motivos que levaram o Tribunal de Contas a considerar irregulares as contas da Cohab Santista de 2017.
“No encerramento do exercício (2017), os índices de liquidez, assim como o quociente de endividamento da estatal, apresentavam todos eles extremamente desfavoráveis, indicando crise de solvência de compromissos presente e futuros, com elevado risco fiscal para a Administração Direta, contrariando o princípio do equilíbrio das contas públicas”, escreveu o auditor Valdenir Antonio Polizeli em seu despacho.
Sobre o excesso de comissionados, ele ainda foi mais duro.
“As falhas são relevantes e foram aptas ainda para infringir o princípio da impessoalidade disposto no caput do artigo 37 da Constituição Federal, haja vista que o gestor público admitiu quem lhe convinha e ao arrepio de qualquer critério objetivo, cerceando a participação de outras pessoas eventualmente interessadas em ingressar no serviço público de forma regular”.
As contas foram encaminhadas ao Ministério Público estadual, assim como Câmara e Prefeitura de Santos, principal acionista.
Diretores
Foram citados Gelásio Ayres Fernandes, atual secretário de Esportes de Santos, que ocupou a diretoria financeira e administrativa da empresa na ocasião, e Maurício Queiroz Prado, que permanece à frente da Cohab Santista.
Falando em Cohab, o portal da companhia está desatualizado em relação às informações, como os balanços.
O último é de 2017.

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