São Vicente vai perder as suas duas maiores áreas verdes na área insular do Município.
Um impacto gigantesco ao meio ambiente.
E, pior, quase ao mesmo tempo.
Na semana passada, a direção do Golf Clube (foto), um dos mais antigos do gênero no País, fundado em 1915, resolveu decidir, em assembleia, pela venda dos seus mais de 270 mil metros quadrados.
Uma parte do terreno já havia sido vendida anteriormente para uma rede atacadista que se instalará na cidade em novembro.
Jockey Club
Não bastasse, na próxima quarta (11), às 19h30, a direção do mais que centenário Jockey Club vicentino também convocou seus associados para apresentação de proposta de compra do patrimônio do clube.
Ou seja, o terreno de mais de 200 mil metros quadrados.
Somadas, ambas as áreas chegam a quase 500 mil metros quadrados – algo em torno de 70 campos de futebol de formato oficial.
Três motivos basilares justificam estas mudanças e fim destes clubes. Pelo menos, nestas áreas.
O fim da isenção do IPTU para clubes vicentinos desde o ano passado é uma delas.
Mas não a única.
Deve-se computar também o desinteresse no não tombamento das áreas pelos prefeitos anterior (Luis Cláudio Bili) e atual (Pedro Gouvea) e a especulação imobiliária, latente em uma cidade com poucas áreas deste porte na parte insular da Ilha de São Vicente.
E assim, abre-se a perspectiva de maior arrecadação aos cofres públicos, caso ambos os terrenos sejam substituídos por edificações.
Como indica, é claro.
O pior é que esta tendência deve se prolongar e atingir outras agremiações esportivas.
Hoje, São Vicente tem 18 clubes.
Somados, eles precisam pagar R$ 7 milhões de IPTU ao Município em 2019.
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