Ainda há tempo… | Boqnews

Covid

28 DE OUTUBRO DE 2020

Ainda há tempo…

Por: Da Redação

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Ex-vereador e fonte de consulta para a imprensa, o médico infectologista Evaldo Stanislau escreveu um texto em sua página pessoal nas redes sociais a respeito da participação do prefeito Paulo Alexandre Barbosa em um evento social em uma roda de samba no Marapé, no último final de semana.

No texto, o médico salienta as ações desenvolvidas pela Prefeitura, onde ‘mais acertaram que erraram’, mas enfatiza o erro na atitude do governante e pede que o mesmo faça um pedido de desculpas pela atitude tomada em razão da aglomeração de pessoas no local fechado e não uso de máscaras, inclusive pelo mesmo não só enquanto comia e bebia, mas também em várias selfies publicadas nas redes sociais.

Confira o teor do relato do médico, que já teve Covid-19, e está na linha de frente no combate à doença.

 

 

Relato

“Fui vereador na primeira gestão do atual prefeito. E sendo de oposição, com minha atuação – que foi reconhecida por muitos como pertinente e propositiva – creio que o ajudei a ser um melhor prefeito. Não tenho relações pessoais de amizade com ele e sua equipe. Mas cultivamos um convívio cordial e respeitoso, como deve ser, aliás. E quando chamado a contribuir tecnicamente, como na atual pandemia, sempre atendi os chamados e dei o meu melhor. E se apontei erros, também reconheci os acertos”.

“Disse publicamente que na condução da crise COVID mais acertaram que erraram. Mas, ele, o prefeito, como eu e você que está lendo, erra. Aprendemos, ou deveríamos, aprender muito com os erros. E esse evento social do sábado que percorreu as retinas de quase todos, foi um erro. Do começo ao fim.

“Se ele estava lá como prefeito, foi omisso. Porque causa espécie ver que 99% das pessoas (muitos idosos e obesos, certamente diabéticos e hipertensos, grupos de risco para COVID grave) estavam sem máscara. Mas o samba não parou! A autoridade municipal deveria ao menos mostrar-se constrangida. E não foi o que vimos. Se estava lá como cidadão comum (o que não é enquanto for o prefeito da cidade), errou ao ficar perto, falar ao pé do ouvido, abraçar e cantar, máscara pendurada na orelha, levando longe seus perdigotos e eventuais vírus aos 99% da proximidade sem máscara”.

“Foi desnecessário, foi desrespeitoso. Inclusive com a equipe da saúde da prefeitura, com os guardas do Del Bel que ficam sem moral para fiscalizar e, sobretudo, com os pacientes e familiares de quem morreu de COVID. Que aliás, segue firme!”

“Cabia, prefeito, não uma explicação (desmentida pelas imagens, inclusive). Cabia um pedido de desculpas à cidade e a todos. Ainda está em tempo. Obrigado”.

 

Defesa

Ontem, a assessoria do prefeito divulgou a seguinte nota sobre o episódio.

“No último sábado (24), participei de um evento organizado pela Liga das Escolas de Samba de Santos em minha homenagem, no Marapé, e também prestigiei o retorno da tradicional Roda de Samba do Ouro Verde, um patrimônio cultural da nossa cidade. Durante todo o período que estive no local, respeitei rigorosamente as recomendações sanitárias estabelecidas e utilizei máscara o tempo todo, com exceção dos momentos quando eu realizava o consumo de alimentos e bebidas”.

“A Fase Verde do Plano São Paulo permite o retorno da música ao vivo em bares e restaurantes. O clube possui alvará regular e promove o controle do número de visitantes, faz a aferição da temperatura do público na entrada e disponibiliza álcool gel para todos. Lamento o uso distorcido de imagens fora do contexto real dos fatos, decorrente do atual momento eleitoral”, concluiu Paulo Alexandre Barbosa.

 

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