Impressiona a quantidade de pesquisas que circulam pelas redes sociais e em veículos de comunicação às vésperas das eleições. O que chama atenção é a disparidade dos números apresentados e o grau de confiabilidade destes institutos.
Dá a nítida impressão que, atrás disso tudo, querem acabar o jogo já no primeiro turno. Afinal, o que temem?
Guerra das pesquisas II
O grau de absurdo é tanto que uma empresa foi contratada – não se sabe por quem – para fazer pesquisa na Cidade e simplesmente incluiu apenas 6 dos 16 candidatos a prefeito na listagem.
Nem a pesquisa, nem a empresa estão registradas na Justiça Eleitoral, ou seja, o levantamento não pode ser divulgado.
Sentido oposto
Interessante notar que esta explosão de pesquisas, várias delas inflando números para o candidato governista com o claro objetivo de criar uma onda ‘do já ganhou’ teve início após o levantamento Enfoque/Boqnews, publicado na edição passada, a única que mostra um cenário de segundo turno, algo que não ocorre desde 2004.
O escolhido
O presidente Jair Bolsonaro, que passará o feriado de Finados no Forte dos Andradas, em Guarujá, oficializou seu apoio ao candidato do PSD, Ivan Sartori (foto), durante live realizada na última quinta (29).
“Ele tem coragem e determinação”, referiu-se ao ex-presidente do Tribunal de Justiça, que já havia se encontrado com o presidente em outras ocasiões.
Triste liderança
Conforme levantamento realizado pelo médico Carlos Eid, da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Santos lidera o ranking de mortes pela Covid-19 entre as cidades paulistas com mais de 50 mil habitantes (cerca de 150).
A média santista é de 156,47 óbitos/100 mil, quase o dobro da média estadual. A Cidade também lidera, em termos per capita, os gastos no combate à doença – mais de R$ 120 milhões.
Quase um auxílio emergencial por santista.
Sinal de alerta
A situação fica ainda mais complexa diante do crescimento dos casos e internações em hospitais da Baixada Santista, o que contribuirá para aumento dos óbitos.
Não bastasse, as eleições se aproximam, o que provocará, inevitavelmente, maior concentração de pessoas nas ruas.
O sinal de alerta está ligado pelas autoridades sanitárias.
Inquérito civil
Atendendo pedido do vereador Fabrício Cardoso (foto – Podemos), o Ministério Público abriu inquérito civil para apurar a retirada de ônibus municipais das ruas durante a pandemia, ocasionado um tempo de espera maior e as inevitáveis aglomerações. São investigadas a Prefeitura de Santos, CET e Viação Piracicabana.
Respostas
Em nota, a Piracicabana informou que triplicou “a atenção na higienização nos ônibus para zelar pela saúde e bem estar de todos e, apesar da queda da demanda, estamos tentando manter a normalidade na operação”.
Já a Prefeitura e CET emitiram comunicado informando “que analisarão os fundamentos apresentados e prestarão os esclarecimentos ao Ministério Público”.
Omissão
Em entrevista à rádio RBA (93,3 Mhz), o deputado federal Carlos Zarattini (PT) lamentou o desinteresse de prefeitos e deputados da região em analisar o PDZ – Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos, defendido pelo Governo Federal, mas que afetará a economia regional.
Rindo à toa?
Será que o desembargador Eduardo Siqueira está rindo à toa após a divulgação de imagens da aglomeração de autoridades municipais, sem máscaras, em uma roda de samba na última semana?
Pergunta do dia
Afinal,…
a disputa eleitoral em Santos será encerrada no dia 15 ou 29?




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