Dinheiro do povo I
Muita gente nem imagina, mas é frequente surgirem em suas redes sociais imagens e vídeos de ações praticadas por políticos para divulgarem seus trabalhos, aparentemente de forma espontânea.
Nada contra.
O problema é que esta divulgação, com o objetivo de ampliar o alcance e atingir mais internautas, geralmente tem um preço – pago pelos contribuintes, de forma patrocinada.
Dinheiro do povo II
No caso dos deputados federais existe até uma verba específica para divulgação de seus atos, com o chancela de ‘divulgação da atividade parlamentar’.
Dinheiro do povo III
Para se ter uma ideia, dentro do atual mandato dos 513 deputados, iniciado em 2019, já foram gastos R$ 118,4 milhões – até março – apenas para a divulgação das próprias atividades dos parlamentares, seja em impressos, redes sociais ou outras plataformas/meios.
Ou seja, a população paga para ser informada com a autopromoção dos políticos.
Perguntar não ofende: será que agiriam da mesma forma se desembolsassem tais valores do próprio bolso?
Pandemia
A maior parte dos gastos ocorreu na pandemia, com a taxa de desemprego de 14,4% atingindo 14,4 milhões de pessoas e as mortes – apenas pela Covid – ultrapassaram 402 mil.
Sem contar os desalentados – aqueles que desistiram de procurar emprego.
Tirariam do bolso?
Os dois representantes da região também não medem esforços – e recursos públicos – para divulgar suas atividades.
Desde o início do mandato, ambos já gastaram quase R$ 400 mil apenas neste tipo de ação, usando, de forma legal, recursos públicos.
Publicidade
Bozzella (foto – PSL) gastou R$ 847 mil em despesas de seu gabinete desde o início do mandato, sendo R$ 177,3 mil apenas para divulgação de suas atividades (20,9%).
Já Rosana Valle (foto – PSB) concentra as despesas do seu gabinete neste tipo de ação.
Dos R$ 620,3 mil gastos em seu gabinete até o momento em seu mandato, R$ 222,3 mil foram apenas para divulgar suas atividades parlamentares (35,8% do total), conforme portal da transparência.
Bravo
Falando em postagens nas redes sociais, o vereador e líder do governo na Câmara, Rui de Rosis (PSL), ficou bravo com uma arte publicada pela assessoria da parlamentar do PSB.
“Causou asco”, disse durante sessão da Câmara em referência a um post que divulgava que ela havia intercedido para isenção de impostos a comerciantes e ambulantes.
Virou rotina
Como de praxe, a Prodesan (foto) fechou mais uma vez o balanço no vermelho.
Foram R$ 9,978 milhões no ano passado, atingindo R$ 352 milhões de prejuízos acumulados.
Dessa forma, a boa notícia é que o Tribunal de Contas acolheu os embargos de declaração da empresa a respeito das contas reprovadas em 2017 para poder se defender.
Volta dos cruzeiros
Enquanto aguardam a definição da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a retomada dos cruzeiros marítimos, as armadoras já estão se preparando.
Por sua vez, os pacotes já estão sendo comercializados para a próxima temporada.
Assim, se isso ocorrer, a Costa Cruzeiros deverá batizar um novo navio no cais santista.
Reprovação e aprovação
Assim, as contas da CET de 2019 foram reprovadas pelo Tribunal de Contas.
Por sua vez, as da Câmara de Santos referentes ao mesmo ano foram aprovadas, com ressalvas, pelo mesmo órgão.
Preteridos
A vereadora Audrey Kleys (PP) protocolou pedido para que os salões de estética, de beleza e barbeiro/cabelereiro sejam também incluídos entre os beneficiados pela isenção e remissão de tributos da Prefeitura de Santos.
Ela argumenta que o setor foi tão prejudicado quanto qualquer outro do comércio e, mesmo assim, não foi incluído entre os beneficiados pela medida.
Nada mais justo.
Quais…
estragos a CPI da Covid irá provocar?