Após bater na trave na tentativa do acesso à Série A-3 em 2006 e fazer campanha pífia em 2007 – quando chegou a sofrer um histórico 8 a 1 do Jabaquara – a Desportiva Guarujá voltou a se destacar em 2008, quando atingiu a segunda fase da competição. Em sua curta história, iniciada em 1992 – é o mais jovem dos representantes da região – os Tubarões já foram até time-sede em Copa São Paulo de Juniores, onde superam equipes como Botafogo e São Caetano.
A história, porém, acabou abreviada nas últimas duas temporadas, devido a problemas financeiros que obrigaram o futebol a ficar parado. A própria participação na edição 2011 da Segundona era uma incógnita até o começo do ano. Era especulado que a agremiação faria uma parceria com o Pão de Açucar, clube-empresa situado na Capital que atualmente disputa a Série A-2, mas nada disso ocorreu. Mesmo assim, a ADG está de volta.
A equipe é comandada por Marcos Bruno, ex-jogador e treinador de base da Portuguesa. Passou também por clubes como Bragantino, Independente de Limeira e Atlético Sorocaba, além dos mineiros Varginha e Poços de Caldas. Há pouco mais de dois meses no comando, o treinador explica que o grupo, fechado em 28 jogadores – cinco deles acima do limite de 23 anos (lembrando que somente três além desta faixa etária podem ser relacionados por jogo) -, formou-se a partir de experiências passadas.
“Como estou na área já há bastante tempo, conheci vários jogadores. Alguns nós conseguimos trazer”, explica Bruno. Os destaques atendem pelo nome do lateral direito Roni (ex-Ponte Preta) e dos atacantes Tinho (ex-Santos) e Maicon (ex-Portuguesa Santista). A maioria dos atletas do elenco é da empresa CDS Soccer, que tem como um de seus membros o ex-jogador da seleção brasileira Ivair.
Segundo o técnico guarujaense, a equipe não realizou muitos treinos técnicos e táticos, pelas dificuldades para treinamento, mas trabalhou bastante a parte física. “Foram cerca de 20 a 25 dias bastante intensos de treino”, garante Bruno. Em seguida, foram quatro amistosos, com quatro vitórias: ante o time sub-23 do Corinthians (1 a 0), o Primavera de Indaiatuba (1 a 0), o Suzano (2 a 0) e o Barueri (3 a 1).
Os bons resultados, porém, ainda não são vistos como garantias de classificação à Série A-3, mas como o início de um trabalho. “É difícil já pensarmos em acesso. Amistosos não valem três pontos, não dá para se ter um real parâmetro. Mas conhecemos nossos adversários e alguns jogadores com os quais já trabalhei. Ainda assim, não creio que hoje sejamos favoritos”, admite o treinador.