Estamos a meses de um momento histórico: as eleições gerais deste ano, em que o Brasil comemora 200 anos de independência. O clamor que inspirou Dom Pedro a libertar a Colônia foi fruto de um tumultuado processo de desgaste nas relações com Portugal e o desejo de mudança.
Gerações depois, a nação vive a expectativa de se livrar novamente do atraso e respirar novos ares. Será a eleição mais importante de nossa história.
O momento político é efervescente. Aqueles que prezam a democracia já se mobilizam para a campanha eleitoral. Algumas bandeiras nos são caras e, do nosso ponto de vista, essenciais para que o Brasil consiga vislumbrar um futuro melhor: redução das desigualdades sociais, pleno emprego, apoio à indústria e à tecnologia nacional, sustentabilidade e defesa do meio ambiente.
Um projeto consistente de país. O resgate da dignidade do povo. A retomada da relevância do Brasil no cenário internacional.
Entre as lideranças que já disputam a preferência do eleitor, Lula e Haddad, do PT, encabeçam as pesquisas respectivamente para presidente da República e governador de São Paulo.
O Partido dos Trabalhadores tem uma história de luta, de defesa do trabalhador, hoje acossado por reformas que subtraem direitos adquiridos e pela ferocidade das privatizações. O projeto do partido é que o mais ecoa na população desiludida com o escárnio dos atuais governantes.
É importante que um ponto seja imperativo entre o leque de candidatos ao Planalto: é preciso derrotar Bolsonaro e as trevas que ele trouxe ao cenário político e econômico.
Nesse momento decisivo, estamos dando um crédito de confiança a Lula e ao PT, à sua figura política relevante e capaz de girar a roda do conservadorismo e da truculência.
É preciso ter a grandeza de transformar a visão política em gestos políticos. É por essa razão que, com muita honra, estou me filiando ao Partido dos Trabalhadores.
A Baixada Santista possui inúmeros desafios a serem enfrentados, como a célere privatização do porto de Santos, envolta em meandros políticos que só atendem ao interesse privado, sem que a população e os atores econômicos possam dialogar sobre o que nos reserva o futuro para o maior terminal portuário do Hemisfério Sul.
Temos um patrimônio natural constantemente ameaçado, uma ocupação urbana descontrolada e, principalmente, temos uma crônica falta de lideranças comprometidas com o desenvolvimento da região.
Com muita honra, abraço a campanha do PT e passo a lutar com todas as forças para que a Baixada volte a ter o protagonismo que merece. Em outra frente, nossa missão é contribuir para que Brasília volte a ter um representante que saiba entender o coração do povo.
Que seja capaz de resgatar a esperança perdido nos últimos quatro anos, os mais sombrios desses dois séculos de Independência.

José Manoel Ferreira Gonçalves é mestre e doutor em engenharia.
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