Domingo de Páscoa… Uma briga entre as torcidas de times de futebol invade a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos causando prejuízo patrimonial de milhares de reais e deixando trabalhadores e pacientes em pânico.
Exatamente uma semana depois, por volta de meio dia, um homem é executado a tiros no Hospital Santo Amaro, em Guarujá.
Na madrugada do mesmo domingo, em Iporanga, no Vale do Ribeira, dois homens invadiram um Pronto-Socorro para tentar matar um paciente a golpes de facão…
Todos estes casos evidenciam uma realidade pela qual os profissionais de saúde vêm alertando há muito tempo: a falta de segurança nos hospitais e pronto-socorros de nosso país.
Infelizmente, nestes locais existem apenas seguranças – na maioria dos casos não armados – para evitar danos materiais, que pouco ou nada podem fazer em situações como as citadas acima, deixando funcionários, profissionais de saúde e pacientes expostos ao perigo, enquanto aguardam a chegada dos policiais.
A incapacidade das autoridades em controlar ou diminuir esses casos de violência já extrapolaram o limite suportável.
Quantos mais precisarão morrer para que nossa sociedade entenda que o modelo atual das políticas de segurança pública precisam de alterações sérias e urgentes! Nossos hospitais precisam de mais segurança!
Precisamos que sejam elaboradas medidas realmente eficazes e possíveis de serem executadas, despidas de toda e qualquer intenção eleitoreira para evitarmos mais casos como estes.
Mas, enquanto isso não acontece, só nos resta, a cada plantão, rezar para que nada de mal nos ocorra.
Dr. Elói Guilherme P. Moccellin é presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande(Sindimed)
Deixe um comentário