Após um crescimento de 56,87% em fevereiro comparado a janeiro, as vendas de imóveis residenciais usados perderam o fôlego e registraram queda em março, segundo 117 imobiliárias de 9 cidades da Baixada Santista que responderam à Pesquisa feita pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).
A redução dos negócios ficou na casa dos 17,14% para a venda de casas e apartamentos na comparação entre março e fevereiro.
O estudo do Conselho, no entanto, mostrou alta no volume de imóveis alugados nesse período, que ficou 15,62% maior.
“Embora não tenha sido muito acentuada, essa queda nas vendas pode refletir o final do turismo de férias, época em que, geralmente, as famílias viajam e focam na aquisição do imóvel na praia”, comentou o presidente do Crecisp, José Augusto Viana Neto.

Pelo menos, 62,79% das propriedades negociadas estavam na faixa de preço de até R$ 300 mil.
Mudança de perfil
Viana também analisou que, se em fevereiro a maioria dos compradores optou pelas aquisições à vista ou parceladas pelos proprietários, em março, a realidade foi diferente.
“60% das vendas foram financiadas por bancos, o que pode indicar uma nova postura por parte das instituições financeiras, preocupadas em não perder esses que são clientes fidelizados e usuários de diversos produtos.”
Os que realizaram o sonho do imóvel próprio em março optaram mais por adquirir casas (56,52%) a apartamentos (43,48%).
Além disso, 62,79% das propriedades negociadas estavam na faixa de preço de até R$ 300 mil.
Os bairros da periferia foram os mais procurados pelos compradores (54,41%).
Assim, seguidos das áreas nobres (23,53%) e da região central (22,06%) das cidades pesquisadas.
Assim, a maioria das casas vendidas tinha 2 dormitórios, em média com 2 vagas de garagem e área útil de 51 m² a 100 m².
Já os apartamentos que as imobiliárias venderam também tinham 2 dormitórios e a mesma área útil das casas, porém apenas 01 vaga de garagem.
Locações por até R$ 1.750,00
A preferência dos inquilinos em março ficou por casas e apartamentos com valores de aluguel de até R$ 1.750,00.
Elas responderam 55,56% do mercado de locações na Baixada Santista, segundo a pesquisa do CRECISP.
Assim, mais da metade (65,63%) dos imóveis alugados era de padrão construtivo médio, localizados nas regiões centrais (35,71%) das cidades pesquisadas.
Dessa forma, os apartamentos lideraram a preferência dos novos locatários (72%), em detrimento das casas (28%).
Assim, tanto as casas quanto os apartamentos mais alugados tinham 2 dormitórios, com 1 vaga de garagem e área útil entre 51 m² e 100 m².