Reconhecida como patrimônio histórico nacional, ela já foi símbolo de defesa, mas também de forte ataque. Essa é a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá, que nos últimos três anos e sete meses recebeu cerca de 9.500 visitantes.
O balanço compreende o período entre 2019 até o final de julho deste ano e foi desenvolvido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura (Secult). Os dados incluem visitas livres e agendadas, sem contar as gravações de clipes musicais, de ensaios fotográficos, aulas de dança, ioga, e ainda, de rodas de conversa e capoeira. Na fortificação também funciona o Museu Fortaleza da Barra.
Localizada no bairro Santa Cruz dos Navegantes, o local que completou 439 anos, em 24 de janeiro deste ano, já recebeu 2.500 pessoas nos primeiros sete meses de 2022. Parte desse volume, ou seja, 1.175 visitantes são oriundos de grupos escolares, e também, por agentes de turismo. O total deste ano, inclusive, supera os números gerais de todo 2021, que chegou a 1.642 visitantes.
De acordo com a superintendente de Patrimônio Histórico-Cultural e Arquitetônico da Prefeitura, Andreia Feijó, o local é sempre muito procurado por estudantes, professores e também turistas. “A Fortaleza da Barra Grande é um patrimônio imaterial do nosso povo e do Brasil. Suas paredes transbordam histórias da construção de nossa terra. Por isso, cuidar dessa relíquia é motivo de muito orgulho e responsabilidade”, declara.
Patrimônio
Construída no século XVI, durante a unificação das coroas portuguesa e espanhola, com o intuito de proteger a então Vila de Santos e o Porto de Santos dos ataques de invasores, em 1964 a Fortaleza foi reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Atualmente é administrada pela Prefeitura, por meio da Secult, em consonância com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e com o IPHAN.
Passou a concorrer ao título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2019, para fazer parte do Conjunto de Fortificações do Brasil, representando o Estado de São Paulo junto com o Forte São João, em Bertioga, que também concorre ao título. Hoje, 19 fortalezas da costa brasileira fazem parte Conjunto de Fortificações do Brasil.