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09 DE SETEMBRO DE 2011

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Agora na Seleção, Rafael reencontra Cruzeiro, primeiro rival como titular pelo Santos

Quando entrar em campo neste sábado (10), às 18 horas, para defender o Santos diante do Cruzeiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, Rafael realizará seu 92º jogo pelo Peixe e completará 465 dias — um ano e 100 dias, portanto — de sua estreia como titular do Alvinegro Praiano. Até aí, nada demais, não […]

Por: Da Redação

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Quando entrar em campo neste sábado (10), às 18 horas, para defender o Santos diante do Cruzeiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, Rafael realizará seu 92º jogo pelo Peixe e completará 465 dias — um ano e 100 dias, portanto — de sua estreia como titular do Alvinegro Praiano. Até aí, nada demais, não fosse o fato de que pela primeira vez, o jovem arqueiro assumirá a baliza da Vila como jogador de Seleção Brasileira. E curiosamente, contra o mesmo adversário daquele 2 de junho de 2010, quando debutou com a camisa 1 santista.


Naquela época, o então técnico do Santos, Dorival Júnior, preocupado com as seguidas falhas de Felipe (hoje emprestado ao Avaí), alçou o então desconhecido Rafael à titularidade  — de onde o goleiro não mais saiu, estivesse o comando com Dorival, Marcelo Martelotte, Adilson Batista ou Muricy Ramalho. Na ocasião, o Peixe vinha de 12 jogos consecutivos sofrendo gols, sendo quatro só na derrota por 4 a 2 para o Corinthians, três dias antes. Diante do Cruzeiro, Rafael agradou e seguiu com a confiança de Dorival.


Apesar disso, um “fantasma” perseguia o jovem arqueiro — que até estrear contra o Cruzeiro era lembrado apenas por ter levado a pior em uma dividida com o zagueiro Domingos durante um treino em 2009, que o tirou dos gramados por quatro meses e levou o defensor a ser afastado da equipe dirigida por Vanderlei Luxemburgo. Mesmo com as boas atuações no Brasileirão, a imprensa pipocava o interesse santista em goleiros mais experientes. Dida (ex-Milan-ITA e Seleção), Diego Cavalieri (hoje no Fluminense), Renan (atualmente no Internacional) e até Edson Bastos (Coritiba) eram citados. Até que no final de julho, Dorival Júnior anunciou que não precisava de um novo goleiro.


Na ocasião, a decisão deixou  dúvidas no ar. Afinal, trata-se de uma posição delicada, em que as preferências, normalmente, se dão por jogadores de mais bagagem. Marcos, por exemplo, só virou titular no Palmeiras aos 26 anos, durante a Libertadores de 1999. Rogério Ceni, por sua vez, firmou-se com a camisa 1 do São Paulo apenas em 1997, aos 24 anos, após a saída de Zetti. E à época, Rafael, com 20 anos, era justamente o mais jovem dos três goleiros que o Santos tinha à disposição (Felipe estava com 22 anos e Vladimir, hoje reserva imediato, tinha 21).


Gente grande


Mas Rafael se firmou de tal forma que mesmo com uma Libertadores por se iniciar — justo quando se esperava que o ímpeto santista na busca por um goleiro mais experiente se acentuasse — o Santos acabou não se preocupando em trazer um novo arqueiro. O Peixe até contratou Aranha, mas o ex-Atlético-MG não ameaçou a titularidade do sorocabano de 21 anos, revelado nas categorias de base do Alvinegro Praiano e pelas quais conquistou três títulos (Torneio Internacional de Porto Seguro, Torneio Cidade de Turim-ITA e Campeonato Paulista Sub-20, todos em 2008, pelo time de juniores).


E foi no torneio continental que o garoto escreveu seu nome na história. Foi o herói da classificação santista às quartas de final da Libertadores, ao fechar o gol contra o América (MEX), e com a conquista do título diante do Peñarol (URU), Rafael tornou-se o mais jovem goleiro titular a ser campeão da América. Recebeu sondagens do exterior e virou prioridade do Palermo (ITA). Mas surpreendeu quando declarou interesse em seguir os passos de Marcos no Palmeiras e Rogério no São Paulo, e fazer história semelhante à dupla defendendo o Santos.


As credenciais de Rafael incentivaram Mano Menezes a convocá-lo para a Seleção Brasileira formada apenas por jogadores que atuam no País que enfrentará a Argentina em dois jogos pelo torneio amistoso Taça Nicolas Leoz. Além dele, também foram chamados Fábio (Cruzeiro) e Jefferson (Botafogo). Apesar de relacionado em uma lista menos abrangente, Rafael sabe que a lembrança de Mano para o atual momento é mais um passo para seu próximo objetivo na carreira: chegar aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.


E as perspectivas para que o camisa 1 do Santos vá com a Seleção para a Inglaterra como titular são grandes. Afinal, dos arqueiros com menos de 23 anos (idade olímpica), Rafael é o único que detém a titularidade em seu clube. Seu principal “rival” é Neto, ex-Atlético-PR e que desde janeiro defende a Fiorentina (ITA), onde é o terceiro goleiro. A julgar pela experiência e rodagem que a cada jogo Rafael adquire, alguém tem dúvidas de que o primeiro ouro olímpico brasileiro pode ter como um dos artífices o goleiro santista?


Para subir


Ante a Raposa, o Peixe terá a oportunidade de subir mais na tabela de classificação. O Alvinegro Praiano tem 26 pontos e vem na 14ª posição. Dependendo da combinação de resultados na rodada, o Santos, em caso de vitória, pode até entrar no grupo dos 10 primeiros colocados do Brasileirão, tendo ainda duas partidas a menos que os demais concorrentes. Os mineiros, que assim como o time santista entraram no campeonato como favoritos ao título, vêm apenas no 12º lugar, com 28 pontos.


E para o confronto deste sábado, se Muricy Ramalho terá a segurança de Rafael na baliza, ainda não tem real certeza do que lhe espera com o restante da equipe. Afinal, são sete desfalques certos, sendo dois por suspensão (Danilo e Adriano) e cinco por lesão (Paulo Henrique Ganso, Arouca, Pará, Ibson e Elano). O volante Henrique, que era dúvida até esta sexta-feira (9), treinou normalmente e deve começar jogando diante do Cruzeiro.


FICHA TÉCNICA
SANTOS X CRUZEIRO
Local
: Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), em Santos
Data: 10 de setembro de 2011, sábado
Horário: 18 horas (Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento
Assistentes: Thiago Gomes Brígido e Pedro J. Santos de Araújo


SANTOS: Rafael; Crystian, Edu Dracena, Durval e Léo; Henrique (Rodrigo Possebon), Anderson Carvalho e Felipe Anderson; Neymar, Borges e Alan Kardec. Técnico: Muricy Ramalho


CRUZEIRO: Rafael; Leandro Guerreiro, Naldo, Léo e Gilberto; Fabrício, Everton, Roger e Montillo; Bobô e Ortigoza. Técnico: Emerson Ávila.

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