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23 DE JANEIRO DE 2012

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Analistas descrevem Jorge Fucile, novo reforço do Santos

Combativo, raçudo e versátil, mas também intempestivo e afeito a lesões. É assim que é descrito por especialistas portugueses o lateral direito Jorge Fucile, uruguaio de 27 anos que, emprestado pelo Porto (POR), defenderá o Santos ao longo de 2012. Revelado pelo pequeno Liverpool, de Montevidéo, transferiu-se em 2007 para o time português, por onde […]

Por: Da Redação

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Combativo, raçudo e versátil, mas também intempestivo e afeito a lesões. É assim que é descrito por especialistas portugueses o lateral direito Jorge Fucile, uruguaio de 27 anos que, emprestado pelo Porto (POR), defenderá o Santos ao longo de 2012. Revelado pelo pequeno Liverpool, de Montevidéo, transferiu-se em 2007 para o time português, por onde atuou em 100 oportunidades. É convocado pela seleção do Uruguai desde 2006, e de lá para cá já fez 34 jogos pela Celeste Olímpica, sendo um dos destaques do time que chegou às semifinais da Copa do Mundo da África do Sul. Na Vila Belmiro, terá a missão de se firmar no lado direito da defesa santista, setor que há muito não encontra um dono inquestionável.


“O Fucile é um lateral direito de origem, mas que pode também atuar como lateral esquerdo, apesar de ser destro. Destaca-se pela grande disponibilidade física e mesmo não sendo tão incisivo, mostra grande apetência para se integrar no ataque, com velocidade, agilidade e poder de desmarcação”, destaca o comentarista português Rui Malheiro. “É um jogador agradável de se ver jogar, gosta de atuar no limite, é muito combativo e tem garra. Se ganhar confiança, pode ser um dos jogadores santistas com mais assistências”, complementa o jornalista português Gil Nunes, do portal Notícias do Futebol. Ambos reforçam, ainda, que se defensivamente o uruguaio nunca foi um primor, mostrou evolução na função quando dirigido por Jesualdo Ferreira (até meados de 2010) nos Dragões.


Os especialistas, porém, deixam alguns alertas sobre o jogador. “Fucile não é agressivo, mas é um jogador intempestivo. Nesta temporada, chegou a fazer bons jogos, mas teve um episódio muito negativo: na Liga dos Campeões, frente ao Zenit (Rússia), num jogo em que o Porto precisava ganhar, Fucile foi expulso à beira do intervalo e comprometeu a equipe. A partir daí não mais jogou”, conta Nunes, em alusão ao uruguaio ter perdido a titularidade para o zagueiro Maicon, improvisado na lateral até a chegada do ex-santista Danilo. “Falta-lhe, do meu ponto de vista, uma maior consistência no passe lateral e principalmente nos cruzamentos. E também, em algumas situações, uma maior concentração — que o leva a cometer algumas falhas graves —e um maior equilíbrio em termos emocionais, pois perde a cabeça com alguma facilidade”, aponta Malheiro.


Apesar dos bons momentos com a camisa portista, Fucile nunca foi um nome exatamente inquestionável. Gil Nunes recorda, por exemplo, que embora tenha chegado ao Porto em 2007 para ser lateral direito, a carência no lado esquerdo da defesa fez com que o uruguaio fosse usado no setor. Voltou à direita quando o time português contratou o esquerdino francês Aly Cissokho, mas com a vinda do compatriota Álvaro Pereira em substituição a Cissokho, aliada a chegada do técnico André Villas-Boas em 2010, a dinâmica ofensiva do Porto passou a se dar principalmente pelo lado esquerdo. Fato que, conforme Nunes, fez com que o romeno Cristian Sapunaru ganhasse mais regularidade na lateral direita e mandasse Fucile para o banco com frequência.


Mesmo com as indas e vindas do uruguaio, a perspectiva é de que Fucile seja um bom reforço ao Santos. “Do meu ponto de vista, sua afirmação no Santos dependerá muito da sua motivação, empenho e condição física. Mas a intensidade que ganhou em cinco temporadas e meio no futebol europeu poderá ser uma importante mais-valia para a temporada 2012”, considera Malheiro. “Penso que tem tudo para ser uma boa aquisição. Se conseguir ser regular conquistará os torcedores rapidamente. Mas é um jogador que precisa de uma disciplina tática constante. Cabe à estrutura do Santos encontrar os meios para que o atleta não se desconcentre”, sentencia Nunes.

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