O Instituto Histórico e Geográfico de Santos está produzindo um livro que narra a saga do maior porto da América Latina, traçando sua história desde os tempos coloniais até os dias atuais.
A condução do projeto está sob a responsabilidade do jornalista e escritor Sergio Willians, que também comanda a instituição cultural.
A história tem início no longínquo ano de 1532.
Na ocasião, âncoras lusitanas foram oficialmente lançadas, pela primeira vez, no pedaço de mar que logo acomodaria o primeiro atracadouro recém criada Capitania de São Vicente.

Reprodução de 1532 : Primeiro atracadouro da capitania, entre a praia do Góes e Ponta da Praia, dá início à história do maior porto da América Latina. Foto: Reprodução
Jornada
Tal momento histórico desencadeou a notável jornada do Porto de Santos.
Afinal, ao longo de quase cinco séculos, ergueu-se como o mais proeminente da América Latina e do Hemisfério Sul do globo terrestre.
“Sua trajetória se manteve como farol, iluminando o comércio de produtos como açúcar, sal, tabaco e algodão até o café, que catalisou a transformação do país’, enfatiza Willians.
De forma mais contemporânea, o porto abarcou o escoamento de soja, suco de laranja, trigo e uma abrangente gama de produtos agrícolas e industriais.

Imagem dos diretores do Porto de Santos, no início do século passado. Foto: Divulgação/Arquivo
“Além do seu relevante papel comercial, o Porto de Santos também carrega a fama de ter sido a porta de ingresso para incontáveis ondas de imigrantes, representando uma diversificada teia de nacionalidades, as quais substancialmente contribuíram para enriquecer a tapeçaria da diversidade cultural brasileira”, argumentou Willians.
Aliás, ele já deu o pontapé inicial no processo de pesquisa, junto ao departamento cultural da Autoridade Portuária de Santos.

A história do maior porto da América do Sul será retratada em livro especial editado pelo jornalista Sergio Willians, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. Foto: Divulgação/APS
Proposta
A proposta do projeto é editar mil unidades de um livro com cerca de 420 páginas, meticulosamente criada com um design moderno e cativante.
“Mais do que uma mera publicação, apresentaremos uma obra de arte composta de textos e imagens meticulosamente selecionadas, capturando a progressão singular do Porto de Santos desde seu humilde início, nos tempos coloniais, aos dias de hoje, com toda a tecnologia disponível”, continuou Willians.
Assim, ele enfatiza que o leitor fará uma jornada nostálgica.
Ou seja, por meio das transformações que moldaram a trajetória do modesto atracadouro da Capitania de São Vicente.
Aliás, até se erguer como o preeminente porto da América Latina e um dos mais destacados do mundo.
A obra conta com a chancela da Lei Rouanet (Lei nº 8.313 do dia 23 de dezembro de 1991).
Além disso, já conta com um patrocinador, a própria Autoridade Portuária de Santos.
Dessa forma, ela contemplou em 2022, em seu edital cultural, uma parte dos custos do projeto.
Agora o Instituto está em busca do complemento.
Assim, negocia com a própria APS o complemento de valores.
Além disso, com outras empresas do porto de Santos que queiram agregar suas marcas ao projeto único, uma referência histórica sobre o tema.
“Do jeito que estamos produzindo, não há obra igual, pois trataremos a história do porto com a linearidade mais clara e repleta de dados curiosos e até inéditos do ponto de vista memorialístico”, prometeu Sergio Willians.

Santos foi a principal porta de entrada da imigração no Brasil. Foto: Divulgação/IHGS