03 DE MAIO DE 2013
Sem fugir da raia: Unisanta é destaque no Maria Lenk e projeta Mundial em Barcelona
A breve expressão, um rápido trocadilho com a linguagem do desporto aquático. Afinal, a equipe de natação santista da Unisanta mostrou sua força, mais uma vez, na competição brasileira mais importante – o Maria Lenk – realizado entre 22 e 27 de abril, no Rio de Janeiro. Ficou com o título de 4ª melhor equipe […]
A breve expressão, um rápido trocadilho com a linguagem do desporto aquático. Afinal, a equipe de natação santista da Unisanta mostrou sua força, mais uma vez, na competição brasileira mais importante – o Maria Lenk – realizado entre 22 e 27 de abril, no Rio de Janeiro. Ficou com o título de 4ª melhor equipe do Brasil.
E com essa conquista, a Unisanta obteve quatro índices para o mundial, tendo em vista, também, as dez medalhas conquistadas. O que significa, portanto, que quatro atletas estarão “convocados” em alto nível para Barcelona, uma das próximas competições que selam o desafio do grupo, comandado pelo experiente Márcio Latuf, há mais de 30 anos na natação.
Entre os atletas, Matheus Santana (que venceu o sul-americano de sua categoria), Jackson Júnior Cândido, Victor Colonese e o reforço Nicholas Santos, que já havia trabalhado tanto na equipe quanto com o treinador em 2003, demonstrando um direcionamento definido do projeto da equipe santista. “Nosso objetivo é trazer os atletas de ponta. Justamente para ser um espelho para a base. Queremos fornecer um incentivo a mais para a garotada”. Ele cita nadadores como Felipe Ribeiro de Souza, atleta em que no ano de 2012 fez um tempo superior a Nathan Adrian (campeão olímpico de Londres). Em suma, queremos atletas que incentivem uma nova geração e representem bem o Brasil em 2016”, afirmou Latuf.
Ainda que a cabeça dos atletas da Unisanta esteja “mergulhada” nas raias de Barcelona para o mundial, o treinador é claro: não pretende deixar de priorizar outras competições, até brasileiras, como é o caso do José Finkel, segunda competição mais importante da categoria no País.
Internacional
Nicholas Santos retorna à equipe da Unisanta com referências importantes à base – bateu César Cielo nos 50 metros borboleta e, para o mundial, tem como objetivo se concentrar nessa prova para fincar seus resultados sem esquecer seu trabalho físico.
“Na época em que superei o Cielo, o Brasil estabeleceu um índice bem forte, que era de 23s11. Mas bater o campeão mundial foi bem interessante para evoluir nas outras competições”.
Feminino precisa de melhoras
Com a saída da nadadora campeã mundial de águas abertas, Ana Marcela Cunha (que se transferiu para o Sesi), a equipe santista perdeu uma referência feminina. Embora Márcio Latuf tenha afirmado que não se pode viver somente da imagem de um só atleta, ele acredita que o setor feminino tanto da equipe, como do Brasil, ainda precisa ser melhorado – principalmente no quesito de treinos fora d´água.
“As meninas que foram (ao Maria Lenk) são novas, de categorias do júnior 1 e 2. Já tivemos uma equipe feminina mais forte no ano de 2005, acabamos campeões do Finkel. Precisa trabalhar muito duro, nós e os atletas. Acho até que, na natação brasileira, falta uma garota ‘espelho’, que seja medalha, mas a parte feminina do País tem de entender que é preciso treinar duro, fazer mais um trabalho fora da água, que seria uma musculação muito forte porque o trabalho, hoje em dia, em natação é um trabalho de força – e a mulher precisa disso. Lá fora, vemos que as mulheres não são muito avantajadas muscularmente, porém são tecnicamente perfeitas”.
Mas nessa edição 2013 do Maria Lenk, o treinador também reconheceu evoluções no feminino em várias provas. “Principalmente nos 400m medley, 200m borboleta, 100m livre, por exemplo, continua forte. Algumas nadadoras, sem dúvidas, estarão no Top 20 de suas provas daqui para frente”, complementa.