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14 DE JUNHO DE 2013

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De Sensei Medeiros a Luiz Revite: Gerações do tatame

De um lado, um grande personagem do judô santista. Da escola dos anos 50, quando basicamente tudo se iniciou, José Gomes de Medeiros – o Sensei  Medeiros – é o judoca mais antigo em atividade em todo o litoral paulista. Do outro lado, um jovem que desde os 21 anos está na seleção brasileira foi […]

Por: Da Redação

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De um lado, um grande personagem do judô santista. Da escola dos anos 50, quando basicamente tudo se iniciou, José Gomes de Medeiros – o Sensei  Medeiros – é o judoca mais antigo em atividade em todo o litoral paulista. Do outro lado, um jovem que desde os 21 anos está na seleção brasileira foi reserva em sua categoria (até 66 quilos) nas Olimpíadas de Londres e é considerado um dos melhores lutadores brasileiros da nova geração: Luiz Revite, 26 anos, de São Bernardo do Campo, desde o início do ano competindo por Santos, na Associação de Judô Rogério Sampaio.
Enquanto Revite disputa o Grand Prix de Miami neste domingo (16), representando a “nova geração” de um celeiro de craques do tatame, Medeiros – que, diga-se de passagem, atua como técnico da seleção brasileira desde 1974 disputa o campeonato paulista de sua categoria também neste fim de semana. E prova que a velha guarda está com muita disposição. Na última quinta (13), gerações dos anos 50 até os anos 80-90 se reuniram no treino do Judô Master do Litoral Paulista com um objetivo: manter a prática de uma arte marcial que vai além do esporte.
“Eu tenho o espírito do judô amador. Pratico (o esporte) e leciono com muito prazer, não penso em lucro”, diz o sensei Medeiros, que em japonês, é o “professor” dos demais judocas da velha guarda da Baixada Santista. “Mais do que reunir os ex-atletas ou os mais antigos é preservar um estilo de vida. Uma filosofia de disciplina que é fundamental até fora das competições”, completa Rogério Sampaio, santista ilustre campeão olímpico das Olimpíadas de Barcelona, presente no treino com mais de 20 ex-atletas incluindo Osvaldo Ono, Celso Pereira Franco, entre tantos. “A cada semana, vamos nos reunir para retomar a prática”.
Enquanto a velha guarda volta a vestir o quimono, Luiz Revite dá continuidade a ela: ele espera o sorteio das chaves do Grand Prix de Miami, que também vai contar com Leandro Cunha, adversário que venceu por ippon (golpe perfeito que finaliza a luta) e conquistou a medalha de bronze em 2010 na Copa do Mundo de Judô. “Não me preocupo se o adversário será de casa (brasileiro) ou estrangeiros. Em competições como o Grand Prix e até a última (Masters), gosto de me preparar taticamente. Pego os vídeos e estudo os adversários”, diz, de olho nas Olimpíadas do Rio. “Vai ser meu momento. Estou em 13º lugar no ranking da IJF (Federação Internacional de Judô) e estou trabalhando forte para chegar bem em 2016”.
 
História
Sendo Santos a porta de entrada para estrangeiros em razão do porto, a cidade tem um elo indiscutível com a história da imigração japonesa, que completa 105 anos no País nesta semana. “Quando chegaram a Santos, as comunidades japonesas mantiveram a prática das artes marciais. Não deixaram morrer”, explica o vereador e faixa preta em Judô e Taekwondo, Sadao Nakai.
A primeira manifestação de judô oficial em Santos aconteceu na década de 50, quando o judoca Shunji Hinata, na época com apenas 16 anos, se radicou na Cidade para ajudar o mestre Akira Kurachi a implantar a primeira escola, a Academia de Judô Santos. Mas foi Hikari (Kurachi) o grande talento do judô na época, com um legado de pan americano e outras conquistas.

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