
28 DE JUNHO DE 2013
Final inédita: Dia de samba ou flamenco
Pela quarta vez, o Brasil chega a uma final da Copa das Confederações, torneio que há exatos 21 anos tinha sua primeira edição na Arábia Saudita, quando ainda era chamada de Copa Rei Fahd. Mas existem dois fatores inéditos nesta final: a primeira é que será realizada na casa da seleção que mais venceu a […]
Pela quarta vez, o Brasil chega a uma final da Copa das Confederações, torneio que há exatos 21 anos tinha sua primeira edição na Arábia Saudita, quando ainda era chamada de Copa Rei Fahd. Mas existem dois fatores inéditos nesta final: a primeira é que será realizada na casa da seleção que mais venceu a competição – e ainda no Maracanã neste domingo (30), às 19 horas – e segundo, porém não menos importante: pela primeira vez, o Brasil enfrenta a Espanha e tem a missão de vencer e quebrar um tabu de três anos sem derrotas.
A última vez que a Espanha perdeu foi na fase de grupos da Copa do Mundo da África – a Fúria fazia parte do Grupo H e encarou a Suíça, comandada por Ottmar Hitzfeld (que esteve nesta semana em Guarujá para conhecer a infraestrutura do estádio) e foi marcada por Gelson Fernandes, que apesar do nome, nasceu em Cabo Verde.
Na ocasião, a principal arma suíça foi armar um esquema tático que priorizou uma forte retranca. O técnico alemão sabia que sua equipe não tinha a qualidade técnica necessária para atacar um time com David Villa, Iniesta, Xavi, Xabi Alonso, entre outros.
E a base do time de 2010 não é novidade para brasileiros que atuam em times europeus, em especial, no Campeonato Espanhol. Mas independente da experiência do cotidiano no Barcelona ou no Real Madrid, onde parte dos jogadores atuam, o Brasil possui uma base de bons atacantes e volantes (ver exemplos à esquerda).
Aliás, a final entre Brasil e Espanha não representa somente um duelo da maior campeã de títulos pela FIFA e da atual campeã mundial. Significa uma inversão de forças, onde o Brasil outrora ofensivo, hoje é celeiro de cabeças-de-área, como Paulinho, que decidiu o jogo contra o Uruguai pelas semifinais da Copa das Confederações na última quarta (26), além de Luis Gustavo e Hernanes.
Se o Brasil deve – ou não – armar uma defesa consistente como fez a Suíça, em 2010, ou um sistema tático consistente como a Itália nas semifinais, isso só cabe ao técnico Luiz Felipe Scolari decidir. Mas uma certeza que a seleção pode ter é a de que tem força para encarar um flamenco no início para depois sambar com o tetracampeonato.
