Sem vaidades
Com a posse dos prefeitos eleitos em outubro – com exceção de Mongaguá, que aguarda decisão do STF, que só deverá ocorrer em fevereiro – espera-se que os novos governantes tenham a sensibilidade de agir de forma metropolitana para atender as demandas da população nas mais variadas áreas, e que as vaidades pessoais sejam deixadas de lado.
Ação coletiva
Uma das áreas prioritárias a serem enfrentadas é a questão do déficit habitacional. Afinal, dados coletados e publicados no Censo do IBGE revelam uma triste faceta da Baixada Santista.
Desproporção
Afinal, a despeito da Região Metropolitana da Baixada Santista ter 4% da população e dos eleitores paulistas, o total de moradores em favelas e comunidades representa 17,34% – dobro da média paulista, de 8,17%. Portanto, os números justificam ações práticas para diminuir este déficit, envolvendo não só as prefeituras, mas os governos do Estado e Federal, além dos nossos parlamentares. Esta chaga social precisa diminuir.
Caminhos a serem perseguidos
Um exemplo desta possibilidade está no projeto Parque Palafitas, cuja primeira etapa – em fase experimental – com 60 moradias já iniciou no Dique da Vila Gilda. E uma segunda etapa, com mais de 300 residências, está a caminho.
Para que serve a Cohab?
Endividida e um verdadeiro ‘cabide de emprego’ ao longo de sua história recente, a Cohab Santista é o reflexo do descaso com o setor habitacional metropolitano.
Raça e periferia
Há uma clara relação entre os moradores das áreas periféricas e a raça. As cidades onde a maioria da população é parda ou negra são justamente as que detém o maior número de pessoas vivendo em favelas. Casos de Cubatão, Guarujá e São Vicente.
Santos e Praia Grande
Já Santos com 2/3 da sua população branca (67,5%), o total de moradores em favelas chega a 11,1% (46.262 santistas). Praia Grande também tem maioria de população branca (52,1%): 6,1% dos moradores em favelas.
Migração obrigatória
O coordenador da Igualdade Racial, Ivo Miguel Evangelista, sintetiza este cenário. Para ele, as populações menos favorecidas, onde se concentram os afrodescendentes, estão migrando cada vez mais para os centros menos privilegiados.
Simbolismo
Por isso, a fala da vereadora eleita mais votada nas últimas eleições, Débora Camilo (PSOL), durante a posse dos vereadores e do prefeito Rogério Santos e da vice Audrey Kleys, tem forte simbolismo. Em seu discurso, lembrou que foi a primeira mulher negra a presidir uma sessão da Câmara de Santos ao longo de sua história por ter sido a mais votada – e a terceira a ocupar o Legislativo.
Mudanças
Com a confirmação de dois vereadores como secretários (Bruno Orlandi e Fabrício Cardoso), novas vagas se abrem no Legislativo. Em breve, a Câmara contará com o médico Adriano Catapreta e a psicóloga Claudia Alonso, suplentes que assumirão. Outra curiosidade: o Legislativo terá dois médicos. Além de Catapreta, ginecologista, o infectologista Marcos Caseiro (PT).
Mulheres
Com a chegada de Claudia Alonso, a Câmara voltará a ter três mulheres nesta legislatura. Somam-se a ela, Débora Camilo (PSOL) e Renata Bravo (PSD).
Quem responde?
Quando será finalizada…
a lista de todo o secretariado e empresas do governo municipal?
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