Moraes determina que Carla Zambelli cumpra pena e perca mandato | Boqnews
Deputada Carla Zambelli (PL), uma das mais votadas nas últimas eleições, deve perder o mandato e ser presa, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação

Por invasão ao sistema do CNJ

07 DE JUNHO DE 2025

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Moraes determina que Carla Zambelli cumpra pena e perca mandato

Com o nome dela na lista da Interpol, a deputada Carla Zambelli pode ser presa na Itália, onde se encontra.

Por: Wellton Máximo
Agência Brasil

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou neste sábado (7) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comece a cumprir, de forma definitiva, a pena de 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro converteu, de preventiva para definitiva, a prisão da parlamentar.

Moraes também notificou a perda de mandato da deputada.

O magistrado determinou que o STF envie à Câmara dos Deputados a documentação do julgamento, para que a Mesa Diretora da Casa declare a extinção do mandato de Zambelli.

Na decisão, publicada na tarde deste sábado, o ministro ordenou ainda que a Secretaria Judiciária do STF encaminhe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para pedir a extradição da deputada.

Na sexta-feira (6), a Primeira Turma do STF, por unanimidade, formou maioria para manter a condenação da parlamentar e do hacker Walter Delgatti Netto.

A decisão de Moraes, na prática, reforça o trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos) da condenação de Zambelli.

Ela buscava recorrer da sentença de 10 anos de prisão, inelegibilidade e pagamento de multa de R$ 2 milhões.

Com a decisão, o cumprimento de pena fica imediatamente certificado, sem a necessidade de esperar a publicação do acórdão (decisão colegiada) sobre o caso.

Condenação

Há quase um mês, a Primeira Turma do STF condenou, por unanimidade, Zambelli a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da invasão e procurou Delgatti para executar o crime.

Assim, o objetivo era de inserir nos sistemas do CNJ um mandado de prisão falso e em aberto contra Moraes, entre outras manipulações ilegais.

O PGR relacionou os crimes à incitação de atos antidemocráticos e escreveu que eles ocorreram visando a obtenção de “vantagem midiática e política”.

Além “de prejudicar a credibilidade e o regular funcionamento do Poder Judiciário”.

Na ocasião, todos os ministros da Primeira Turma seguiram o voto do relator, Moraes, que considerou Zambelli e Delgatti culpados pela prática dos crimes de invasão de dispositivos informáticos e falsidade ideológica.

Porte de arma

Carla Zambelli responde a outro processo criminal no STF.

Em agosto de 2023, ela virou ré no Supremo pelo episódio em que sacou uma arma de fogo.

Além disso, perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

Assim, a perseguição começou após Carla Zambelli e Luan trocarem provocações durante ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, o Supremo registrou placar de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto.

No entanto, um pedido de vista do ministro Nunes Marques adiou a conclusão do julgamento.

Fuga

Duas semanas após ser condenada a 10 anos de prisão, a deputada deixou o Brasil para fixar residência na Europa.

Em entrevista na terça-feira (3), ela evitou revelar onde estava.

Assim, limitou-se a dizer que escolheu a Europa por já ter cidadania italiana.

Assim, não poderia ser mandada de volta ao Brasil.

No entanto, Carla Zambelli foi incluída na lista de procurados pela Interpol.

Ou seja, a agência internacional que facilita a cooperação entre polícias de diferentes países, e pode ser presa fora do Brasil.

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