A Polícia Militar de São Paulo anunciou, na última terça-feira (10), uma parceria inédita com o Google para tentar reduzir os casos de roubo e furto de celulares no estado. A PM incorporou a nova funcionalidade aos Terminais Portáteis de Dados (TPDs) usados pelos agentes, o que permite bloquear remotamente as telas de celulares Android roubados ou furtados, ainda durante o atendimento da ocorrência.
Segundo a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação da PM, a ferramenta será ativada apenas com autorização da vítima. Para isso, a pessoa precisa fornecer aos policiais algumas informações básicas do aparelho e autorizar o bloqueio. A ação ocorre diretamente no sistema da corporação, com o apoio da infraestrutura do Google, e busca tornar o celular inutilizável, dificultando sua revenda e estimulando a devolução ou descarte.
A Polícia Militar já colocou o sistema em operação e vai expandir o uso gradualmente em todo o estado. A parceria com o Google inclui protocolos de segurança para proteger os dados dos usuários durante o bloqueio, garantindo sigilo e proteção das informações pessoais.
iPhones
Apesar de a novidade atender, por enquanto, apenas celulares com o sistema Android, casos envolvendo aparelhos da Apple continuam sendo registrados e atendidos normalmente pela Polícia Militar. O bloqueio, porém, segue um processo diferente, com base nos recursos oferecidos pela própria Apple.
Para bloquear um iPhone roubado, a vítima deve acessar o site iCloud.com/find ou utilizar o aplicativo “Buscar” em outro dispositivo Apple. A partir daí, é possível acionar o “Modo Perdido”, apagar os dados remotamente ou apenas bloquear o aparelho. Todos esses recursos exigem o login com o Apple ID da vítima.
O iOS também conta com o Bloqueio de Ativação (Activation Lock), que impede o uso do dispositivo mesmo que o criminoso tente resetar o aparelho ou troque o chip. Sem a senha original, o aparelho se torna inútil.
Embora a Polícia Militar ainda não tenha acesso direto ao sistema da Apple como no caso do Google, os policiais continuam orientando as vítimas de iPhone sobre como proceder com o bloqueio e registrando os dados para investigação.
Contudo, a PM não descarta possíveis conversas futuras com a Apple para integrar também os dispositivos iOS ao sistema policial. Por enquanto, o procedimento continua sob responsabilidade do usuário, com o apoio dos recursos nativos da plataforma.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, o roubo e furto de celulares seguem entre os crimes mais registrados em São Paulo. Com o novo sistema e apoio tecnológico, a Polícia Militar espera ampliar o combate ao crime e aumentar a sensação de segurança da população.
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