Nesta sexta-feira (8), o Brasil perdeu um dos seus maiores talentos musicais. Arlindo Cruz, multi-instrumentista, compositor e ícone do samba, morreu aos 66 anos após enfrentar problemas de saúde desde 2017, quando sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu em 1956, no bairro de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Desde pequeno, cresceu embalado pelo som das rodas de samba. Aos 7 anos, ganhou seu primeiro cavaquinho e, ainda jovem, iniciou a carreira musical ao lado de grandes nomes, como Candeia.
Antes de se dedicar integralmente à música, Arlindo Cruz entrou para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar. No entanto, ele nunca abandonou sua paixão pelo samba.
Ao deixar a Aeronáutica, passou a frequentar as rodas de samba do Cacique de Ramos. Lá, conviveu com artistas como Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha — este último, seu grande parceiro musical.
Durante esse período, Arlindo recebeu o convite para integrar o grupo Fundo de Quintal. Juntos, eles renovaram o samba, criando uma sonoridade moderna sem perder a essência tradicional das rodas e terreiros.
Arlindo Cruz compôs músicas que se tornaram sucesso nas vozes de Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Alcione e muitos outros. Depois de 12 anos no grupo, ele deixou o Fundo de Quintal em 1993 para seguir carreira solo, consolidando sua influência na música brasileira.
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