O IML Santos voltou a realizar serviços de necroscópicos após semanas de interrupção, provocando transtornos tanto aos familiares que perderam seus entes assim como os hospitais que realizam serviços funerários.
O serviço foi retomado três dias depois do previsto, contrariando o que havia sido anunciado pelo deputado Coimbra (PL).
Ele divulgou informações de que a reabertura ocorreria na última segunda-feira, após encontro com o secretário de Segurança, Guilherme Derrite.
De acordo com o parlamentar , a Superintendência da Polícia Técnico-Científica precisou de mais três dias para alocar profissionais para atuarem no local, além de consertar, de maneira definitiva, os exaustores da unidade.
Desta maneira, as atividades que estavam paralisadas no equipamento desde o início deste mês e realizadas de maneira emergencial em Praia Grande, a mais de 30 quilômetros de distância, voltam a ocorrer normalmente na unidade santista.
Isso porque durante este período apenas a unidade de Praia Grande funcionava atendendo todos os casos na Baixada Santista.
O parlamentar também solicitou ao secretário que peça à Superintendência da Polícia Técnico-Científica a averiguação dos equipamentos.
Sobretudo, os que passaram por recente intervenção para evitar intercorrências que possam impactar negativamente o atendimento.
Em nota, a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) esclarece que o IML de Santos passou a realizar exames necroscópicos desde quinta-feira (21).
“As unidades de Santos e Praia Grande permanecem com equipes de plantão 24 horas para atendimento às autoridades policiais, inclusive em casos de flagrante e exames cautelares”.
Não informou, porém, quantos profissionais operam na unidade para atendimento à população.
Telefone sempre ocupado
Se os serviços retornaram, o telefone continua inoperante.
Familiares que tentam ligar para o IML Santos não conseguem fazê-lo. (telefone 13 3296-1707)
A Reportagem também tentou a ligação em vários momentos do dia, sem sucesso.
Chegou a ligar para a Delegacia da Mulher, também impossível o contato telefônico.
A situação piora quando moradores de outras cidades precisam de algum tipo de informação.
Caso da dona de casa Rosana Maria da Silva, 59 anos, de Caconde, no interior paulista, que tentava ligar para o IML, sem sucesso.
Obteve o número via Prefeitura de Santos.
“É uma luta, pois não consigo falar. Quero saber sobre o paradeiro do meu filho”, diz à Reportagem.
Usuário de drogas, seu filho está desaparecido e a última informação é que ele estaria morando na rua em Santos.
“Preciso saber informações sobre ele”, chora ao telefone.
Aos 40 anos, Thiago Gomes da Silva Souza é pai de duas crianças e até o momento a família não sabe sobre seu paradeiro.
E se depender do serviço telefônico do IML Santos, permanecerá na mesma situação.
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