Recentemente moradores de Santos têm relatado uma onda de ataques de gaviões em diferentes localidades do município.
Dessa forma, durante o programa Manhã Bandeirantes da Rádio Bandeirantes desta terça-feira (11), foi noticiado que serão instaladas placas de sinalização em Santos, com informações sobre o que fazer e o que não fazer com o animal no caso de um municípe encontra-lo.
Segundo a veterinária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos, Michelle Meletti, o gavião asa-de-telha é uma espécie que possui status de ameaçado de extinção no Estado de São Paulo, portanto é uma espécie que precisa ser preservada.
“Nós estamos desenvolvendo o plano de gestão da coexistência humanofauna do município. Assim, a primeira espécie a ser trabalhada no momento, é o gavião-asa-de-telha. E esse plano inclui uma campanha de educação ambiental e um programa de monitoramento da espécie. Na campanha de educação ambiental, nas próximas semanas, serão instaladas placas de sinalização com informações para a população saber o que fazer e o que não fazer”.
Além disso, serão distribuídos folders educativos, com um material didático e visual com todas as informações para orientar a população.
Monitoramento
Aliás, nas próximas semanas, será lançada uma campanha de monitoramento da espécie, em que será acompanhando os locais de circulação dele. Dessa maneira, mapeando a cidade onde existe a presença do gavião e do ninho para entender melhor o comportamento da espécie. Além de seu deslocamento e poder acompanhar essa relação do ser humano com a espécie.
“Nós já temos 14 locais mapeados, mas durante a campanha, do programa de monitoramento, eu acredito que serão mais locais. Os gaviões estão distribuídos por toda a Área Insular. Então, eles têm uma distribuição mais ou menos homogênea. Como eles são territorialistas, quando um casal acaba ocupando uma região, ele acaba afugentando, então tem essa disputa por território. Mas eles estão bem distribuídos mesmo na Área Insular”.
Recomendações
Portanto, a veterinária recomendou que a partir da instalação das placas de sinalização, as pessoas evitem passar nesse local durante o período reprodutivo da espécie, que vai de junho a janeiro.
Assim como, também as pessoas não deixem resíduos, restos de alimento e armazene corretamente os lixos para não atrair pombos e roedores.
“Caso a população encontre algum animal ferido ou machucado, deve ligar para o 153 (Guarda Municipal) ou para o Corpo de Bombeiros pelo 193.
Já em caso de crime ambiental, ligue para o 190, porque também existe a possibilidade do gavião sofrer uma retaliação por parte da população”, informa Michelle.
Perigo para animais de porte pequeno
Além disso, Michelle também comentou se existe perigo quando o morador estiver trafegando pela região do gavião com um animal de estimação de porte pequeno ou com um filhote.
“Na verdade, quando os gaviões caçam, a presa deles são mais os pombos e os roedores, pois são presas pequenas. Não tem nenhum relato verídico deles pegarem cachorro.
No máximo que eles conseguiriam pegar, talvez se fosse muito pequeno, algum filhote de cão ou gato, pesando menos de 1 kg, o que equivale ao peso máximo que o avião conseguiria carregar”.
Prefeitura de Santos
De acordo com a Prefeitura de Santos, o Grupamento segue realizando buscas por gaviões em locais mencionados pela população para verificar se o comportamento agressivo das aves com humanos está relacionado à presença de ninhos e filhotes.
Quando há este registro, o Grupamento e a Polícia Ambiental são acionados para avaliar o animal e o ambiente. E, se houver necessidade, encaminhá-lo para o Cetras (Centro de Tratamento e Reabilitação de Animais Silvestres) do Orquidário Municipal. Os registros podem ser feitos junto à GCM pelo telefone 153 (24h) e à Polícia Ambiental pelo telefone 190.
Manejo dos animais
Vale informar que o manejo de ninhos de animais silvestres só é permitido, pela legislação federal, em casos onde não há filhotes e nem ovos. Os ninhos não ocupados só podem ser removidos após monitoramento e constatação de que o ninho está sem a presença de ovos ou filhotes. Nestes casos, a retirada deve ser feita por alguma instituição que trabalhe com fauna de vida livre após aprovação em pedido de licença para manejo para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura.
Sobre os recentes relatos de visualização de gaviões em alguns pontos de Santos, a Prefeitura recomenda que os munícipes evitem a aproximação com as aves. Assim como, não deixem restos de alimentos nas proximidades dos locais de incidência, pois atraem presas (ratos e pombos, por exemplo). E, consequentemente, amplia a oferta de alimentos para os gaviões.
Atendimento
Em caso de ataques, a orientação é que procure atendimento em uma unidade de saúde para profilaxia, cuidados com o ferimento e indicação de vacinas, como a antitetânica (quando não há comprovação se a pessoa está vacina contra tétano) e antirrábica.
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