Apesar da renúncia de Graça Foster e de cinco diretores da Petrobras, todos vão trabalhar até sexta-feira (6), quando o Conselho de Administração escolherá a nova diretoria da empresa.
Na bolsa de apostas, despontam dois nomes para suceder a executiva: o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que conta com a simpatia da presidente Dilma.
O ex-presidente Lula pressiona pela escolha de Meirelles, nome que julga ter mais respaldo no mercado financeiro.
Landim foi funcionário de carreira da estatal até sair da empresa, em 2006, para trabalhar no grupo de Eike Batista e ajudar a fundar a ex-petroleira OGX. Atualmente, é sócio de uma empresa de investimentos.
“Foi acertado que todos os diretores ficarão até sexta-feira, com a escolha da nova diretoria”, disse um integrante da alta administração da companhia.
A saída de Graça Foster já estava acertada desde terça-feira (3) com a presidente Dilma Rousseff -quando estiveram reunidas em Brasília- e condicionada à escolha de um novo nome para liderar a estatal. Dilma queria um período de transição maior diante da dificuldade de fechar um nome para substituir a executiva, mas acertaram o prazo até a reunião do conselho de sexta-feira, que já estava marcada.
“A Graça jamais iria cometer uma infidelidade à Dilma e tomar uma decisão que não estivesse acordada com a presidente, apesar de todo o desgaste emocional que vinha sofrendo até com protestos em frente sua casa”, disse uma pessoa próxima da presidente da estatal.