Neymar quer comissão do Santos e confirma análise da Receita | Boqnews
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16 DE JULHO DE 2015

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Neymar quer comissão do Santos e confirma análise da Receita

Segundo pai do jogador, Santos o liberou para negociar futuro do seu filho após renovação de contrato com a equipe da Vila

Por: Da Redação

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Na nota, o pai de Neymar confirmou a investigação da Receita Federal sobre seus bens. A reportagem, que também teve acesso aos documentos, verificou que existem nove processos em andamento na Receita Federal envolvendo as finanças do jogador. Os bens do atacante foram monitorados pelo Fisco

Na nota, o pai de Neymar confirmou a investigação da Receita Federal sobre seus bens. A reportagem, que também teve acesso aos documentos, verificou que existem nove processos em andamento na Receita Federal envolvendo as finanças do jogador. Os bens do atacante foram monitorados pelo Fisco

O pai do atacante Neymar, Neymar da Silva Santos, divulgou uma carta nesta quinta-feira (16) em que explica a negociação do seu filho com o Barcelona, finalizada em 2013. Ele se defendeu das acusações feitas pela DIS de que a empresa teria sido passada para trás no negócio e cobrou uma comissão do Santos referente à transferência para o clube catalão.

Segundo Neymar da Silva, o Santos o liberou para negociar o futuro do seu filho após a renovação de contrato com a equipe da Vila Belmiro até o fim da Copa do Mundo-2014. Com isso, a NN Consultoria (uma das empresas da família), representante do atleta, firmou, em novembro de 2011 um contrato com o F.C. Barcelona contendo obrigações e direitos recíprocos, fixando uma cláusula penal no valor de R$ 40 milhões de euros para a parte que descumprisse os termos e condições do contrato.

“Nesse ponto, aliás, tem que ficar muito claro que o Santos F.C., DIS e Teisa não eram parte do contrato e, portanto, não participariam em conjunto com a NN Consultoria do prejuízo. Isto é, não pagariam solidariamente a multa”, disse Neymar da Silva antes de cobrar do Santos 10% pela transação.

“O Santos F.C., por cláusula expressa em contrato livremente pactuado, tem a obrigação de pagar uma comissão de 10% (dez por cento), calculado sobre todo os proveitos econômico obtidos com a transação para a Neymar Sports, mas até agora não o fez. Oportunamente estes valores serão cobrados”, acrescentou.

Na nota, o pai de Neymar confirmou a investigação da Receita Federal sobre seus bens. A reportagem, que também teve acesso aos documentos, verificou que existem nove processos em andamento na Receita Federal envolvendo as finanças do jogador. Os bens do atacante foram monitorados pelo Fisco.

“Esse é um procedimento (arrolamento de bens) normal realizado pela Receita Federal apenas como medida preventiva de monitoramento de bens. O arrolamento fiscal apenas permite ao Fisco ter informação sobre o patrimônio, não havendo qualquer restrição sobre a liberdade de se dispor dos bens. Não há nenhuma decisão definitiva desfavorável ao meu filho e atleta agenciado, a minha família ou as empresas”.

Arrolamento é uma descrição dos bens de uma pessoa. A Receita confere e monitora o patrimônio do contribuinte, como imóveis e carros, para o pagamento de uma dívida.
Tanto Neymar como o seu pai já são investigados pela Justiça da Espanha por causa da polêmica transação para o Barcelona.

No final de maio, o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, afirmou que o clube também entrou com um processo na Fifa contra Neymar, o seu pai, a Neymar Sport e Marketing S/S Limitada [Neymar Sports] e o Barcelona, também por causa da transferência do jogador para o clube espanhol.

A diretoria santista quer receber a diferença do valor anunciado [57 milhões de euros], no dia da transação, 31 de março de 2013, com o valor confirmado pela justiça espanhola [83 milhões de euros]. Os advogados do clube querem, inclusive, receber a diferença com juros. Vale ressaltar que o Santos terá que repassar a porcentagem dessa diferença questionada a DIS.

O Santos confirmou, na época, que recebeu 17 milhões de euros (cerca de R$ 49 milhões) por Neymar, mas terá direito somente a 9 milhões de euros (aproximadamente R$ 26 milhões), pois teve que repassar do montante 40% a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, e 5% a Teisa, grupo de investidores formados por conselheiros influentes no clube, que detinham porcentagem dos direitos econômicos do atleta.

Além dos 9 milhões de euros, o Santos embolsou mais 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 23 milhões) na transação. Isso porque na venda do ex-astro santista ficou acordado que o clube espanhol pagou o valor para adquirir a preferência de compra de mais três atletas revelados nas categorias de base do alvinegro praiano -Gabigol, que segue no clube, e Victor Andrade e Giva, que já deixaram o alvinegro praiano.

Na Espanha

Em abril, o juiz espanhol Pablo Ruz concluiu o processo de instrução referente à investigação a negociação e indiciou o ex-presidente do clube, Sandro Rosell, o atual presidente, Josep Maria Bartomeu, e o próprio clube por fraude fiscal.

Os três são acusados de fraudar valores de por volta de 12 milhões de euros (aproximadamente R$ 41 milhões) entre 2011 e 2014, quando supostamente teriam tentado esconder o valor real da negociação que tirou o jogador do Santos.

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