
Presidente afastado do Congresso é considerado um homem-bomba e pode implodir o Congresso, caso perceba que é carta ‘fora do baralho’ em Brasília. Foto: Divulgação
Um dos principais artífices da votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o também afastado presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), teve que ficar distante da posse do seu líder de partido, Michel Temer. Retirado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal em razão de suspeitas de enriquecimento ilícito dentro da Operação Lava-Jato, Cunha é o tipo de personagem a qual Temer não gostaria de ser fotografado ao seu lado neste momento histórico.
Fora do baile II
Com as benesses garantidas pela Mesa da Câmara, como salário integral de R$ 33,7 mil, a permanecer na residência oficial, além de R$ 92 mil para pagamento de salário de assessores, segurança pessoal e outros benefícios, Cunha aguarda atento aos passos de Temer. Certamente, não gostou de ver seu atual desafeto, deputado Leonardo Picciani, que o havia derrotado nas eleições para a escolha da liderança da bancada do PMDB no Congresso em fevereiro, se tornar ministro dos Esportes, ainda mais às vésperas das Olimpíadas. Se ele se sentir preterido, pode virar um homem-bomba em Brasília.
Dentro do baile
Diante da ausência de Cunha e do vice atrapalhado Waldir Maranhão (PP), quem tem se aproveitado dos flashes da mídia é o deputado Beto Mansur (PRB), atual primeiro secretário da Câmara. Estava no Palácio do Jaburu, residência oficial do atual presidente, quando Temer foi comunicado oficialmente da posse, e durante o seu primeiro pronunciamento à Imprensa.
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