
Peter e Fernanda com um de seus painéis. Na primeira foto, a produção. Na segunda, o belíssimo resultado final
Uma vida desapegada de bens materiais e longe da cidade de pedra. Esta foi a escolha da advogada Maria Fernanda Amorim, de 52 anos, que durante longos anos lecionou em uma faculdade de Direito, em Santos. Mas como ela mesma diz: “nada é constante”. Portanto, há cerca de três anos, Fernanda resolveu remodelar sua jornada diária. Deixou as roupas sociais de lado e mudou-se para o meio do mato.
Gonçalves, Minas Gerais, foi o lugar escolhido para escrever a continuação de sua história ao lado do seu companheiro, o Peter, que sempre viveu – e ainda vive apenas nos dias de semana, já que a selva de pedra ainda não permitiu dedicação total à vida no mato – na turbulenta São Paulo. Gonçalves é desconectada de tecnologia, porém a conexão com a natureza e o mundo real é extrema.
Trocar Santos por um lugar distante dos prazeres materiais para viver não foi difícil, afinal a Serra da Mantiqueira já era um lugar familiar para ela, Peter e seus grandes amigos de quatro patas.
Ela conta que Peter já conhecia Gonçalves, porém ela ainda não. “Quando falei sobre ir para a cidade ele disse que lá não tinha nada… mas é disso que gostamos. Conheci a cidade em 2011. Quando viemos a primeira vez, saímos do carro e percebemos que aqui era diferente!”, recorda.
Depois de muitas idas, vindas e feriados prolongados em Gonçalves, em 2013 veio a decisão: abandonar a vida caiçara e ir para o mato.
Inspiração da natureza
O casal encontrou a casa dos sonhos e resolveu decorá-la com painéis feitos por eles mesmos. “As pessoas que viam gostavam muito… Isso foi despertando nossa vontade de fazer disso o nosso ganha pão”, conta Fernanda.
A partir de materiais naturais e tendo o jardim de casa como principal fruto de inspiração, eles resolveram investir na produção de peças decorativas, como quadros e até mesmo móveis rústicos, nascendo assim o Ateliê Valhalla.
Para a produção das peças são usados painéis de madeira, tinta, técnicas variadas, muito amor e criatividade.
“A gente não consegue produzir quando não estamos equilibrados e com energia positiva dentro da gente. Isso é interessante pois é uma coisa que você está fazendo e que vai para a casa de alguém… Aquele objeto ou aquela arte precisa estar com uma boa energia”, salienta.
Recentemente foram lançadas túnicas, da coleção Vestir Bem – como é chamado pela Fernanda. As peças possuem um corte diferenciado e seguem uma tendência celta em cada detalhe. Atualmente, apenas modelos masculinos estão à venda, mas os moldes das túnicas femininas já estão em execução e em breve também estarão a venda.
O Ateliê Valhalla aceita encomendas e sugestões. Confira fotos das peças que podem ser obtidas na página do facebook.