Uma viagem pelo ecossistema marinho, trazendo reflexão sobre os oceanos e a relação das pessoas com essas águas.
Sendo assim, esse é o fio condutor da exposição Transbordar – Década dos Oceanos 2021-2030, inaugurada na última quinta (8) na Casa da Frontaria Azulejada (Centro Histórico) dentro da programação da Semana do Meio Ambiente.
A visitação, gratuita, segue até 18 de junho de segunda a domingo, das 9h às 18h.
“Para celebrar a década dos oceanos, reunimos um grupo de artistas visuais, de linguagens diferentes, para que cada um enfocasse um aspecto diferente desta temática”, explica o curador da exposição, Oscar D’Ambrosio (foto abaixo). Participam da mostra Maria Angélica Dias, Regina Helene, Renata Amaral e Rogério Morais Martins.
Curador da exposição Oscar D’Ambrosio. Foto: Marcelo Martins
Logo na entrada, na área central da mostra, o visitante é levado a refletir sobre os refugiados.
Portanto, com barcos em peças cerâmicas que simbolizam a chegada dessas pessoas pelo mar e o crescimento delas em busca de suas próprias identidades.
Ao percorrer os espaços, o público pode observar o fundo do mar, com peças de cerâmica sob areia.
Dessa forma, uma empilhadeira seguindo espécie de cortejo em arte têxtil ou até interagir com algumas obras que representam a liberdade do oceano.
Preservação
A única obra coletiva é do grupo convidado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (Faus).
Desse modo, que fez uma instalação simbolizando a força das águas e a beleza da natureza com águas-vivas em porcelana e plástico biodegradável.
Os itens estão dispostos na sequência Fibonacci – padrão matemático em que cada elemento subsequente é a soma dos dois anteriores.
“Nossa ideia foi chamar a atenção para a preservação e para o que acontece nos oceanos. E eu tenho certeza que os visitantes sairão daqui com uma reflexão sobre a importância do oceano. Temos aqui o tema atual, que é o dos refugiados.
Ele vai ver o fundo do mar diverso, as deusas do mar e a liberdade, além da beleza que vemos na natureza”, avalia a artista Maria Angelica Amat Dias.
“Essa exposição é uma leitura poética de um tema que eu considero fundamental e da maior importância hoje, que é o respeito e a preservação dos oceanos, especialmente aqui em Santos, que é pioneira na incorporação da Cultura Oceânica no currículo escolar”, afirma o diretor presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), Luiz Dias Guimarães.
Dessa maneira, a Casa da Frontaria Azulejada fica na Rua do Comércio, 96.
Ademais, a exposição tem apoio da Prefeitura de Santos, UniSantos e Fams e conta com patrocínio da Marimex.