Hotuxá e a Festa da Batata | Boqnews
Foto: Divulgação Hotxuá e a Festa da Batata

Teatro

19 DE SETEMBRO DE 2019

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Hotuxá e a Festa da Batata

Na próxima semana, espetáculo da Cia Fruidores de Arte será encenado em Monte Cabrão, Morro da Nova Cintra e Ilha Diana

Por: Da Redação

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As tradições indígenas e a arte do palhaço são o tema do espetáculo itinerante “Hotuxá e a Festa da Batata”. Da Cia Fruidores de Arte, apresentação será nesta sexta-feira (20), às 10h, de forma gratuita para a comunidade e 150 alunos da UME Maria de Lourdes Borges Bernal.

O endereço é Rua Arthur Parsloe, 52 – Jardim Castelo, na Zona Noroeste, em Santos (SP).

O projeto foi contemplado no 7º Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes da Cidade de Santos (Facult). Ele tem como base de sua proposta de criação o povo indígena dos Krahô, localizado no estado de Tocantins.

Posteriormente, a iniciativa visitará unidades de ensino no Monte Cabrão, Morro da Nova Cintra e Ilha Diana (ver abaixo).

A montagem parte da constatação de que os povos indígenas sempre souberam que rir era importante. Por isso, sempre contavam entre eles com um “fazedor de riso”.

Sua função era brincar, surpreender e subverter as regra. Ou seja, se ainda não havia um circo propriamente dito, o palhaço, ao menos, já estava entre nós.

Entre os Krahôs, o nome deste indígena é “Hotxuá”. Sua principal incumbência consiste em manter a harmonia, o equilíbrio e a união do povo da aldeia, através do riso, do abraço e da conversa.

Cultura

A tradição também existe em outros povos. Os nativos norte-americanos, por exemplo, contavam com o Heyoka, um xamã conhecido como “bobo sagrado”. Ele possuía poderes de cura através do riso.

Em cena, o pensamento sobre a função social da figura do palhaço como conhecemos, em diálogo com a figura do Hotxuá, que exerce função única e privilegiada dentro da organização de seu povo, propõe uma potente reflexão sobre o fazer artístico.

“Além disso, há o paralelo complementar entre arte e vida, que, quando caminham juntas, expandem de forma evidente o autoconhecimento e a potência de agir e ser”, comenta a atriz e diretora Carolina Rainho.

Outra referência na concepção do espetáculo é a ‘Festa da Batata’, um ritual realizado pelos Krahô. Ele ocorre geralmente no mês de abril, na passagem da estação chuvosa para a seca.

Trata-se da memória de um povo que canta, dança, se move, sorri e se diverte saudando o alimento, os legumes providos da terra, o estar junto.

“Compartilhar sobre um assunto tão potente e inédito para a maioria é uma grande responsabilidade – e maior ainda por se tratar da cultura indígena brasileira. Conscientes disso, buscamos ser mensageiros fieis das palavras dos indígenas desde o início, para de alguma forma – objetiva ou subjetiva – contribuirmos para mantermos o céu suspenso nos tempos adversos, desafiadores e incertos que (sobre) vivemos”, pondera o artista Rafael Palmieri.

Próximas datas de apresentação

Sexta, 20/9 – UME Maria de Lourdes Borges Bernal (R. Arthur Parsloe, 52 – Jd. Castelo)

Terça, 24/9 – UME Monte Cabrão (Rodovia Piaçaguera-Guarujá, km 33 – Mte. Cabrão)

Sexta, 27/9 – UME Rubens Lara (R. Lucina de Matos, 293 – Morro da Nova Cintra)

Terça, 4/10 – UME Ilha Diana (Sítio Ilha Diana – Área Continental)

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