Ritual das Bruxas

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Desde os tempos antigos, mulheres têm sido bruxas, curandeiras e cantoras de cantos de poder. Todas as civilizações têm em sua origem elementos culturais baseados em símbolos de fertilidade e nas grandes deusas. Aconteceu por volta de 25.000 a 4.000 a.C, na África Central, nas terras baixas amazônicas, Ásia, entre outras. No ocidente, a bruxaria, “a prática das sabidas”, é a última sobra da época de força e poder das mulheres. E em outras regiões? Quais seriam as experiências das mulheres com o poder, as culturas matricêntricas, as sociedades africanas matriarcais? A oficina, através de uma viagem aos tempos da idade média europeia, busca refletir sobre possíveis origens da opressão e violência contra a mulher, partindo da inquisição europeia.

Aldenir Dida Dias é doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), bolsista CNPq com Estágio Sanduíche por cinco meses em Moçambique. Educadora, tem atuado principalmente com os seguintes temas: educação das relações étnico-raciais, relações de gênero e diversidade sexual; feminismo; história da África; mulheres moçambicanas. Atualmente é pesquisadora no núcleo “Relações Raciais, Memória, Identidade e Imaginário” da PUC/SP. Como formação, além da educação formal, conta com as viagens aos vários quilombos do país, como os do Maranhão, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo, bem como as viagens internacionais aos povos indígenas da América, como no Peru e na Bolívia, além dos povos africanos no Senegal, África do Sul, Suazilândia, Egito e Moçambique.