O Skank já teve momento especiais na cidade, tocando na antiga Reggae Night na década de 1990, e nas duas últimas vezes em que a banda esteve na cidade, uma em 2006, com a turnê do álbum Carrossel, e outra em 2016 para a divulgação do último álbum, Velocia. Dessa vez, o grupo se apresentará dando uma volta ao passado, revisitando os três álbuns lançados no início da carreira: Skank (1991), Calango (1994) e O Samba Poconé (1996).
Com o show, os fãs podem se preparar para sucessos bem variados, como Jackie Tequila, Esmola, Te ver, Tanto, É uma partida de futebol e Garota Nacional, sem deixar de lado outros que são obrigatórios no setlist de seus shows: Resposta, Saideira, Vou Deixar e o cover de Gilberto Gil, Vamos Fugir
Confira a entrevista exclusiva de Victor Persico, com o baterista Haroldo Ferretti
- Qual foi o motivo de terem voltado ao início da carreira, apresentando os discos Skank (1993), Calango (1994) e Samba Poconé (1996)?
Há um tempo a gente vem revisitando a nossa carreira, seja em musicas do primeiro e segundo disco “Calango”, musicas que nunca saíram do repertorio como “Esmola”, “Pacato Cidadão”, proibido fumar” e outras mais. E desde lá “Siderado” e “Samba Poconé”, sempre tocamos musicas desses 3 álbuns, e além disso laçamos alguns projetos no meio dos álbuns de inéditas, como “Velocia”.
Entre o trabalho do Mineirão e do “Velocia”, lançamos o CD “Skank 91” com sobras de ensaios que tínhamos guardado da pré-produção do primeiro disco e vários outras coisas. Então, é comum do Skank revisitar a carreira.
A turnê já um atrativo por si só, poderíamos estar fazendo um álbum de inéditas e não estamos, estamos pensando em novos formatos e coisas talvez para o ano que vem e veio essa ideia do DVD, de registrar em vídeo e áudio os 3 primeiros álbuns.
- Vocês notam alguma diferença, uma maturidade maior, de interpretar canções de 25 anos atrás?
São interpretações fieis ao álbum, mas o Skank é uma banda que toca 25 anos depois e uma banda que esta atuante durante todos esses anos, sem pausas. Então é natural que a forma de agirmos, tocarmos, tirarmos um som no palco seja diferente daquela que fazíamos no início, hoje em dia muito melhor, diga-se de passagem, estamos mais seguros do éramos antes, estamos praticando sem parar.
- Houveram críticas, com o papo de que banda que volta à antigos trabalhos é resultado de que a fonte secou. Claro que vocês discordam, mas qual a opinião sobre isso?
Não li nenhuma critica falando mal sobre o projeto, se saiu, não cheguei a ler. Mas tudo volta a coisa da idade que não nos trás só rugas, nos trás experiência também, e é muito comum um álbum de inéditas ou alguma coisa ao vivo ter algumas pessoas que não gostem. E tento ver pelo lado bom e quero crer que teve alguma crítica é porque existe uma vontade de ver coisas novas do Skank, e muito provavelmente ano que vem teremos.
- Qual a relação da cidade de Santos com o Skank?
Santos é uma cidade onde o Skank foi muito no inicio de carreira, fomos no projeto Skol Rock, e alguns outros shows, é uma cidade que sempre nos acolheu, sempre tocávamos em uma casa de shows no alto de uma montanha e sempre foi muito legal, essa coisa da praia, então sempre fomos muito acolhidos, sempre foi muito legal, estamos indo com cenário, vídeo, um show muito diferente, tocamos musicas que na época não tocávamos, então eu acho que pra quem já foi ou pra quem nunca foi em shows do Skank é muito interessante, estamos muito animados.
- O que esperam do show na cidade?
Espero que seja muito bacana e que as pessoas que gostam do inicio da carreira do Skank curtam muito. Lembrando que não deixamos de tocar coisas mais recentes. Skank é uma banda que quando sobe ao palco não gosta de sair, então dependendo da plateia o show vai longe, temos muitos coelhos para tirar da cartola.
- Algumas bandas, da década de 1980 e 1990 que começaram com vocês que já tiveram diversas mudanças. Mas vocês continuam aí, a mesma formação desde 1991. Como vocês conseguem, após 25 anos estarem juntos?
Nem tudo são flores em 25 anos de estrada, sempre temos alguns buracos, mas no geral acho que a gente sempre teve muito prazer em estarmos juntos no palco, viajar juntos, entrar no estúdio para um disco novo ou regravações, sempre nos envolvemos e nos estimulamos a seguir em frente. E tem uma coisa interessante, que para muitos pode parecer que pro Skank as coisas são muito fáceis e nem sempre são, estamos vivendo mudanças de paradigmas na indústria fonográfica e confesso que muitas vezes também tomamos surra para nos adaptarmos a novos formatos de conteúdos digitais, apesar de fazermos relativamente bem. Mas isso também nos motiva a seguirmos e nos reinventarmos, são coisas que nos assuntam e estimulam, e quando você olha pra trás lá se foram 25 anos, no geral, esse show é quase que uma comemoração disso.
- O último álbum de vocês, Velocia, foi lançado em 2014. Planos para novo material ?
A gente tem planos sim para trabalho de inéditas, pode ser o ano que vem. Mas talvez seja muito cedo para falar disso, pois não começamos a compor nem produzir nada, então não tem como falar que está certo talvez isso seja precipitado. Mas a intensão é essa, ano que vem gravarmos alguma coisa.
Serviço
Data: 12/5/2018 (Sábado)
Horário: 22h00H – 4h00H
Local: Mendes Convention Center
Cidade: Santos – SP
Gênero: Pop Rock
Classificação: 18 ANOS