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Saúde

12 DE MAIO DE 2016

Contas que não fecham

Por: Da Redação

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Hospital passa por finalizações em obras e deverá ser entregue no final deste semestre. O problema está no custeio do empreendimento

Hospital passa por finalizações em obras e deverá ser entregue no final deste semestre. O problema está no custeio do empreendimento. Foto: Nara Assunção

Diante da queda na arrecadação, a Prefeitura de Cubatão vai restringir o acesso de pacientes de outras cidades em situações que não forem de emergência. A alegação é que a crise financeira no Município atinge o custeio do Hospital Municipal, cujas despesas mensais chegam a R$ 4,4 milhões, dos quais 80% são repassados pela Prefeitura à Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), organização social que gere o hospital. Do dinheiro necessário para mantê-lo, 83,4% é do Município, 16,5% da União e meros 0,13% do Governo do Estado.

Portanto, não será fácil a Prefeitura de Santos conseguir parceiros para manter o hospital dos Estivadores, cuja reforma está em fase final. Os cálculos apontam que para seu funcionamento pleno serão necessários R$ 10 milhões mensais, dinheiro que inexiste nos cofres municipais para tal finalidade. A União acena que poderá ajudar com 50% da verba (R$ 5 milhões), a partir do início do funcionamento do hospital e dependendo do nível de despesas a serem feitas para sua manutenção. A intenção é dividir os demais 50% entre o Município e o Estado (R$ 2,5 milhões cada), que, por sua vez, ainda não confirmou qualquer valor, a despeito do governador Geraldo Alckmin ser do mesmo partido do prefeito Paulo Alexandre (PSDB).

O desafio é grande, pois apesar das promessas de praxe, não há garantias, até agora, que as verbas estaduais e federais chegarão nos valores suficientes para manter o futuro hospital mensalmente – e sem os atrasos de praxe.

A medida que este será um hospital de caráter metropolitano, um consórcio envolvendo as prefeituras da Baixada para atenuar as despesas poderia ser uma alternativa para, enfim, colocar em prática a ideia e minimizar o amplo déficit de leitos hospitalares existentes na região.

Mas em ano eleitoral, quando muitos prefeitos não irão concorrer mais, como os de Cubatão, Bertioga e Guarujá, por exemplo, as chances da proposta sair do momento beiram o zero.

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