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A Frente Parlamentar de Apoio aos Grupos de Adoção da Assembleia Legislativa de São Paulo, coordenada pelo deputado estadual Caio França (PSB), promoveu nesta quinta-feira (14), no plenário José Bonifácio, uma reunião para debater o Apadrinhamento Afetivo — iniciativa que aproxima crianças e adolescentes acolhidos de pessoas dispostas a oferecer afeto, atenção e convivência familiar.
O juiz titular da Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional de Santo Amaro, Alberto Alonso Muñoz, destacou que o programa é, muitas vezes, a última oportunidade de vínculo para jovens que não conseguem retornar às famílias de origem ou serem adotados. Segundo ele, o apadrinhamento não é adoção, mas um compromisso de presença e cuidado, como faria um tio, madrinha ou amigo próximo.
Tatiana Diniz, coordenadora do programa Abraço – Apadrinhamento Afetivo, ressaltou que o papel dos padrinhos vai além das visitas. Envolve dedicação, tempo e afeto, possibilitando experiências cotidianas e ensinamentos práticos que auxiliam na autonomia e na preparação para a vida adulta.
Durante a reunião, especialistas reforçaram a diferença entre apadrinhamento afetivo e família acolhedora. Enquanto a família acolhedora abriga temporariamente, por decisão judicial, a criança ou adolescente até seu retorno à família de origem ou extensa, o apadrinhamento aproxima voluntários especialmente de quem tem poucas chances de adoção, para uma convivência periódica e apoio afetivo.
O deputado Caio França defendeu mais divulgação do programa e a criação de políticas públicas que incentivem a participação da sociedade. O encontro contou com representantes do Poder Judiciário, da OAB Santo Amaro, de organizações da sociedade civil e de serviços de acolhimento.
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