Prometida há décadas, a tão propalada ligação seca entre Santos e Guarujá precisa sair do papel.
Assim, entende o presidente da Câmara Municipal de Santos, Rui De Rosis.
Para ele, a ligação seca entre as margens do Porto de Santos é um assunto que já se arrastou muito mais do que deveria.
Tantos foram os projetos, maquetes e planos que o assunto passou a ser folclore entre os santistas.
Conforme ele, depois de quase 100 anos e cinco projetos apresentados, a cidade tem uma oportunidade única.
Sem investimento público nenhum, Santos terá a chance de construir a sonhada ponte, alavancando o potencial da cidade e de toda nossa região metropolitana da Baixada Santista.
Nesse sentido, De Rosis acredita que o Poder Legislativo precisa ocupar um lugar de protagonismo na discussão.
“Nosso Poder (Legislativo) é o para-choque do povo, por assim dizer. Meu objetivo é garantir que a população seja ouvida nessas discussões, que muitas vezes passam alheias ao povo e que impactam diretamente o seu dia-a-dia”.
O projeto, apresentado pela EcoRodovias – empresa concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes –, está orçado e R$2,9 bilhões e deve levar cerca de 36 meses para ser concluído. Como contrapartida, a empresa pede que a concessão do contrato com o Governo do Estado seja estendido por 7 ou 8 anos, conforme negociações.
De Rosis tem sido um defensor do projeto e tomou posição.
“Não podemos perder o bonde da história. Respeitando todas as regras ambientais e condições de segurança, é importante que esse projeto saia do papel o mais rápido possível”, diz.
Geração de postos de emprego
A recessão tem atingido fortemente a região da Baixada Santista.
Isso se reflete claramente nas muitas placas de “aluga-se” e “vende-se” nos imóveis comerciais da cidade e na falta de postos de trabalho, que vitima primordialmente os jovens.
Segundo a EcoRodovias, a construção da ponte gerará 4000 postos imediatos de emprego.
Para De Rosis esse é mais um fator decisivo para que o martelo seja batido logo.
“Precisamos resgatar a economia de nossa cidade. Um dos principais vetores para isso é a geração de postos de trabalho. Esse é mais um ponto positivo desta obra e mais um motivo para que eu defenda a execução do projeto”, declarou.

Presidente da Câmara, Rui De Rosis, defende a construção da ponte, o que gerará empregos e novas perspectivas para Santos e região. Foto: Divulgação
Ponte ou túnel
Uma das questões que permeia a discussão é a preferência de alguns especialistas pela construção do túnel à ponte. Mais uma vez, De Rosis foi enfático em seu posicionamento.
“Sou favorável à ponte porque é o que se apresenta com viabilidade no momento”.
Entretanto, o presidente da Câmara garante ser apoiador de outras iniciativas que favoreçam o progresso da cidade.
“Façamos a ponte agora, e o túnel assim que for possível. Prestes Maia, em 1948, previa que o Porto de Santos contaria com três pontes de escoamento. Não sejamos mesquinhos em nossas ambições”, finalizou.

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