Santistas se sentem pessimistas em relação à economia do País para 2016 | Boqnews
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26 DE DEZEMBRO DE 2015

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Santistas se sentem pessimistas em relação à economia do País para 2016

Enquanto a expectativa é pior que este ano em âmbito nacional e econômico, ela é melhor no pessoal.

Por: Da Redação

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entrevistasO ano termina em meio a uma crise econômica e política que certamente fará parte dos livros de História das próximas gerações. Em pauta, o impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a abertura do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Neste cenário, a Enfoque Comunicação/Boqnews realizou pesquisa com mil santistas e constatou que eles vivem um verdadeiro dilema do que esperar para 2016. Enquanto a expectativa é pior que este ano em âmbito nacional e econômico, ela é melhor no pessoal.

Para 42,2% dos entrevistados, a situação do País economicamente será pior em 2016 do que neste ano. Apenas 21,9% tem uma visão positiva e 29% acreditam que será igual.

Em âmbito geral, sem falar em economia, o pessimismo pelo País é um pouco menor mas ainda persiste. Para 25,1% dos santistas, 2016 será um ano péssimo para o Brasil e 18,6% acreditam que será ruim. Será regular para 20,6%, bom para 17,3% e ótimo para uma parcela mínima de 9,2%.

De acordo com a economista Karla Simionato, coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Santos (UniSantos), a atual crise política do País é séria e reflete na economia internacional e, por consequência, na nacional também. “O mercado de trabalho já está demitindo e o dólar – mesmo que tenha estabilizado um pouco – continua alto. Além disso, o País mais uma vez teve avaliação negativa, desfavorecendo o cenário nacional para investidores”, explica.

No universo local, a situação também é delicada e segue a tendência nacional, a começar com as demissões da Usiminas, em Cubatão, que começarão em janeiro. “Serão mais de 20 mil empregos diretos e indiretos que serão afetados. Isso refletirá em toda a região e não apenas em Cubatão”, ressalta Karla. A falta dos investimentos da Petrobras, que gerou expectativas nos últimos anos, também será acentuada. Vale lembrar que das três torres anunciadas para serem construídas no Valongo, apenas uma saiu do papel e virou realidade.

Para Karla, que não gosta de fazer previsões, a expectativa real para o ano de 2016 é que realmente seja pior, com um primeiro semestre complicado melhorando apenas a partir do segundo. “Temos que aguardar sair o balanço de 2015 para verificar os possíveis investimentos”, explica.

Tudo depende também dos rumos políticos, ainda incertos. A questão do impeachment, segundo Karla, tem que ser definida. “Se for para sair ou permanecer, a situação tem que ser definida para acabar com a instabilidade da política nacional que afeta diretamente a economia. Não existe economia desassociada da política”, esclarece.

Expectativa pessoal
Se para o País, as esperanças não são boas, na âmbito pessoal a perspectiva melhora e é bem positiva, com mais de 50% das pessoas sendo otimistas em relação a 2016. De acordo com o levantamento, 30,8% acreditam que o próximo ano será bom e 29,1% ótimo para elas. Apenas 10,3% avaliam que terão um ano péssimo. Para 13,7% será regular e para 7% será ruim.

Um contraste intessante quando se comparado com a análise deste ano, onde apenas 5,9% o considerou que teria um 2015 ótimo e 31% bom. O que demostra um otimismo em relação a 2016.

Para a economista, o brasileiro é otimista e não seria diferente entre os santistas, o que explica esta contradição. “A crise, porém, certamente deve chegar para todo mundo, seja no aumento das contas como água, luz, no condomínio… O otimismo existe, mas será difícil não ser afetado pelo menos no primeiro semestre. É importante se preparar para os próximos meses”, ressalta.

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