Criada com o objetivo de incluir socialmente portadores de deficiência física por meio de profissionais que incentivem o aprimoramento das habilidades e potencialidades da pessoa, a Rede de Reabilitiação Lucy Montoro terá uma unidade em Santos. Porém, não se sabe quando.
O anúncio da unidade foi feito em julho de 2009 pela secretária estadual de Pessoas com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella. À época, a garantia era de que o equipamento seria entregue até o final daquele ano. No entanto, quase dois anos depois, o equipamento ainda está em obras e, nesse meio tempo, já mudou de lugar.
A demora na implantação da unidade santista do Lucy Montoro levou a apresentação de um requerimento, na sessão do último dia 11 na Câmara de Santos pelo vereador Marcus De Rosis (PMDB). Na ocasião, o edil solicitou a presença do secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri – cuja pasta é responsável pela Secretaria Estadual de Pessoas com Deficiência – e de Linamara Battistella ao Legislativo para explicações sobre os atrasos nas obras – ainda em estágio inicial no terreno onde se situa o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), na Aparecida.
O projeto inicial era para que a unidade fosse instalada no Hospital Guilherme Álvaro, em área com 2 mil metros quadrados, capaz de suportar até 400 atendimentos diários. Os investimentos previstos eram de R$ 8 milhões para as obras, e mais R$ 2,5 milhões para aquisição de equipamentos, com entrega até dezembro de 2009. No entanto, em 2010, Linamara anunciou que o centro se situaria no AME, com instalação a ser concluída em novembro.
“Hoje, passados todos os prazos estipulados, não temos nada de concreto. Nem no AME, nem no Guilherme Álvaro. Em nenhuma das unidades funciona a unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, deixando milhares de pessoas com deficiência sem atendimento adequado”, resume De Rosis, em justificativa apresentada com o requerimento na Câmara. Além disso, na placa do Governo do Estado que anuncia a obra na Aparecida, a data de entrega aparece apagada.
Em nota, a Secretaria Estadual de Pessoas com Deficiência explica que a mudança do Guilherme Alvaro para o AME se deu para que houvesse um “espaço ainda maior”, mas admite que “devido a esta mudança, a rede não deverá ficar pronta antes do fim do ano”, sem especificar data ou mês para entrega.
As obras custarão R$ 6,8 milhões, com cerca de 10 mil atendimentos/mês. A Secretaria, ainda em nota, afirmou que desde agosto do ano passado, o AME conta com ambulatório da Rede Lucy Montoro de órteses, próteses e meios auxiliares à locomoção, com atendimento aos nove municípios da Baixada.