O Ecopeixe retorna à Praia do Boqueirão pronto para receber resíduos com potencial de reciclagem.
A ação acontece amanhã (9), às 10h, em frente à Rua da Paz.
Contará com a presença de alunos da rede pública de ensino de Santos.
A iniciativa é resultado do projeto de prevenção e combate às fontes de poluição marinha por resíduos sólidos coordenado pela ABRELPE e apoio da Agência de Proteção Ambiental da Suécia, iniciado há um ano em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Santos.
O objetivo é identificar os pontos de poluição das águas e dar assistência aos municípios para o aprimoramento da gestão de resíduos sólidos em terra.
Portanto, tendo como forma de prevenir o lixo no mar.
“Foram 12 meses de um caminho compartilhado com especialista locais e internacionais para diagnosticar as fontes e os materiais que vão parar no estuário e na orla marítima de Santos. E, assim, desenvolver ações de curto prazo acompanhadas de estratégias de comunicação e engajamento”, observa Gabriela Otero, coordenadora do departamento técnico da ABRELPE.
Após uma pausa de 30 dias para manutenção de sua estrutura, a lixeira batizada como Ecopeixe tem sido uma importante ferramenta de comunicação e engajamento para chamar a atenção da população para o descarte correto de resíduos no ambiente de praia.
Em apenas 132 dias, a escultura recebeu uma tonelada de plásticos; 15kg de vidro e 5kg de papéis e papelões.
Além de todos os materiais seguiram para reciclagem.
Poluição Marinha
De acordo com dignóstico inédito da ABRELPE, as áreas de ocupação irregular, os sistemas de drenagem e a orla das praias são as principais fontes de vazamento de lixo para o mar.
E o plástico (52,5%) e a bituca de cigarro (40,4%) estão entre os dois materiais de maior concentração nesses ecossistemas.
Segundo indicadores internacionais, cerca de 80% do lixo marinho tem origem no ambiente terrestre.
Pelo estudo da ABRELPE, materiais plásticos aparecem em primeiro lugar: 52,5% de todos os resíduos coletados.
E de forma variada, como plástico filme, pequenos tubos plásticos, hastes plásticas e isopor.
Todos especificados contém plástico em sua composição.
O diagnóstico da ABRELPE aponta que outro material de grande concentração nas fontes de vazamento é a bituca de cigarro.
Ela é responsável por 40,4% do lixo coletado.
E na sequência aparecem borracha, metal, madeiras, embalagens e outros (7,11%).
Em comparação aos dados internacionais disponíveis sobre o tema não há grande diferenciação ao que foi observado no Brasil.
No exterior, os materiais plásticos também são os mais recolhidos em ambientes marinhos (45,5%).
Seguidos das bitucas e filtros de cigarro (28%).