array(1) {
["tipo"]=>
int(27)
}
Em Santos, as ações de limpeza das bocas de lobo — os populares bueiros — aumentaram 18,8%, na comparação entre 2022 e 2021.
Sendo assim, o serviço, coordenado e realizado pela Prodesan (Progresso e Desenvolvimento de Santos S/A), integra a operação do sistema de drenagem do Município.
Assim como, encontra-se de tudo sob o asfalto: os detritos recolhidos vão desde lama, galhos e plásticos diversos até móveis e eletrodomésticos.

Foto: Isabela Carrari/PMS
“O volume é grande todos os dias”, explica o supervisor de limpeza pública da Prodesan, Marcelo Silveira. “Normalmente encontramos folhagens, garrafas PET, madeira. Mas já houve obstruções causadas por fogão, micro-ondas e até mesmo geladeira”. Outro tipo de problema é originado do descarte irregular de entulho em via pública — o que é proibido por lei. “É mais complicado, pois aí temos que quebrar o concreto para realizar a remoção”.
Dessa forma, ao todo, houve execução de 15.359 intervenções de limpeza em bocas de lobo entre janeiro e dezembro de 2022 — no mesmo período, em 2021, foram 12.927.
Além disso, o Departamento de Apoio à Limpeza Pública (Deap) da Prodesan, responsável pelo trabalho, também efetuou ao longo do ano passado 7.771 ações em poços de visita — equipamentos espalhados pelas vias públicas, fechados com tampas de ferro, usados para inspeção e manutenção da rede coletora de esgoto.

Foto: Isabela Carrari/PMS
Não há tempo ruim para as equipes que atuam nas galerias pluviais. Nesta quarta-feira (10), por exemplo, mesmo com a chuva intensa que caiu em Santos, todas estiveram presentes nas ruas.
Portanto, o trabalho é feito de segunda a sábado, das 8h às 18h.
São quatro equipes — três obedecem a um cronograma prévio de cobertura nos bairros da Cidade, enquanto a quarta atende a demandas emergenciais.
Cada uma conta com um chefe geral, sete auxiliares operacionais, dois operadores de hidrojato e um motorista.
No total, a tarefa ocorre com sete caminhões: três de hidrojato e quatro para recolher os dejetos coletados.
“A execução do serviço é programada de acordo com as bacias de drenagem existentes em cada bairro”, informa o gerente do Deap, Paulo Matsumoto.

Foto: Isabela Carrari/PMS
Para se ter uma ideia do volume retirado diariamente das vias santistas, cada caminhão de armazenamento pode acumular até 6 metros cúbicos em detritos.
“Quase sempre eles voltam cheios”, salienta Marcelo Silveira. Além das condições climáticas adversas, há outros fatores que tornam a missão trabalhosa. O principal: o trânsito.

Foto: Isabela Carrari/PMS
Muitas vezes, o entupimento não está restrito a uma única boca de lobo — pode se estender a outras e a poços de visita localizados no perímetro.
“Como se trata de uma operação complexa e integrada, temos que conviver com o fluxo de veículos ao longo do trabalho”. Isso acarreta intervenções nas pistas e calçadas ou, em alguns casos, o isolamento da área feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). “O importante é que o serviço seja realizado da melhor forma”.