Cada casinha, para ser confeccionada, precisa de 94 a 110 unidades, dependendo do tamanho e do formato das caixinhas de leite doadas. Para que não haja umidade na casinha, na parte inferior foi colocada manta apropriada de polietileno. Na parte superior, papelão também deixa o espaço mais confortável para os pets.
De acordo com os alunos, a casinha do lado de fora da escola já recebe uma cadelinha, apelidada de Floquinha, que também se alimenta e bebe água no local. Durante a semana, são os próprios professores que colocam a água e a comida. No final de semana, o trabalho fica por conta da comunidade.
Alunos comemoram
Para a aluna Stella Mari da Silva Souza, de nove anos, “agora os cachorros de rua entram na casinha, se escondem da chuva e do vento”. Ela achou muito divertida a ação e contou ainda que, na casa dela, tinha muita caixinha de leite, que não tinha destino certo.
Para Luana Castro de Oliveira, de 9 anos, aluna do 4° ano C, o projeto da casinha dos pets feita de caixinha de leite foi um momento de compartilhar bons momentos com os amiguinhos, na volta às aulas presenciais. “Primeiro a gente ia fazer uma casinha para a gente brincar mesmo, mas a gente pensou com carinho nos cachorros de rua que estavam precisando de abrigo, que não têm o que comer, ficam na rua, estão doentes, e ninguém ajuda, né?
Passa e não vê! A gente viu e aí fizemos uma casinha com caixinhas de leite. Deu muito trabalho para fazer, mas foi para o bem dos cachorrinhos”, diz. Ela também deu recado para as pessoas não deixarem de ajudar os animais e doarem caixas de leite para a Escola Therezinha de Jesus.
A iniciativa
A professora do 4° ano, Renata Burgos, contou que a ideia surgiu em decorrência do que o mundo está vivendo, em relação ao meio ambiente. “Nós queríamos trabalhar com questões da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), englobando o autocuidado, a responsabilidade, a empatia com o outro. Para que eles agissem como cidadãos do mundo que estão vivendo. Então, como eles podem mudar o mundo? A partir da comunidade, do meio em que eles vivem”, contou.
Para Ana Carolina Romero Martim Pimenta, professora que também atua no projeto, o trabalho levou em conta a sustentabilidade, afinal as caixas de leite, assim como outros objetos, são descartados de forma errada. Além disso, levou-se em conta o período de frio na Cidade. “A gente pensou nos animais nas ruas, desprotegidos. Aqui no morro encontramos alguns animais abandonados e eles até entram aqui na escola. Então pensamos nas casinhas de pets para gatos e cachorros”